Declarações do ministro paraguaio da Justiça, Édgar Olmedo, foram dadas após nova rebelião no sistema prisional.
O grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC) é visto, pelo ministro da Justiça do Paraguai, Édgar Olmedo, como o maior problema do sistema prisional do país. As declarações foram dadas, nesta quarta-feira (14), horas após uma nova rebelião na Penitenciária Regional de Concepción, a 215 quilômetros da fronteira com o Brasil.
Na noite de terça-feira (13), internos do Pavilhão F iniciaram uma rebelião que terminou com o saldo de um morto e três feridos, entre eles dois agentes penitenciários. O detento que perdeu a vida foi identificado como Cesar Alexander Cabrera Fernández, de 26 anos. As circunstâncias do assassinato estão sendo investigadas pelas autoridades locais.
No caso específico de Concepción, o motim não teria sido iniciado por integrantes do PCC, mas de uma facção rival. Na Penitenciária Regional de Ciudad del Este, porém, as duas últimas tentativas de fuga foram lideradas por membros do grupo surgido nas cadeias do estado de São Paulo na década de 1990.
“De momento, nossa maior quantidade de inconvenientes é com essa facção do PCC. Espero que com o tempo e a abertura de novas penitenciárias, em novembro, possamos transferir a maior parte dos detentos”, afirmou Édgar Olmedo, em declarações reproduzidas pelo jornal Última Hora.
O ministro citou também que uma apuração conduzida por equipes de inteligência indica a possibilidade de uma ação do PCC em 24 de setembro, dia de Nossa Senhora das Mercês, padroeira dos presos no Paraguai. Segundo Olmedo, a segurança nos dias próximos à data será reforçada com o apoio de militares.
O braço do PCC no país vizinho é formado tanto por brasileiros como por paraguaios presos por crimes relacionados às atividades ilegais na fronteira, como o tráfico de drogas e de armas e o contrabando. Os presos de maior periculosidade costumam ser transferidos para Assunção, onde a estrutura de segurança é considerada mais reforçada.
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