As chuvas que estão atingindo a bacia do Rio Iguaçu nas últimas 48 horas levaram a direção do Parque Nacional Iguazú, no lado argentino das Cataratas, a determinar o fechamento da passarela de acesso à Garganta do Diabo, atrativo mais visitado da unidade. No lado brasileiro, o acesso a todas as trilhas e mirantes continua ocorrendo normalmente.
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“Devido às fortes chuvas e ao risco de aumento da vazão do Rio Iguaçu, comunicamos que a partir de hoje, 11/10, o circuito da Garganta do Diabo permanecerá fechado temporariamente, para resguardar a segurança dos visitantes”, informa a administração da reserva argentina, em comunicado emitido às 13h desta terça-feira.
A decisão deve-se ao fato de que quase toda a passarela, que tem extensão de 1.100 metros, fica sobre o leito do Rio Iguaçu, estando mais suscetível às oscilações do fluxo. No Brasil, o mirante da Garganta do Diabo está em uma área mais abrigada, o que permite a continuidade da operação.
Atualização: o acesso à Garganta do Diabo foi suspenso no lado brasileiro nesta quarta-feira (12).
Às 17h desta terça-feira (11), a vazão de água nas Cataratas do Iguaçu, medida pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), era de 3.570 metros cúbicos por segundo (m³/s), mais que o dobro do volume padrão de 1.500m³/s. A tendência para as próximas horas é de aumento, à medida que a água das chuvas vai chegando ao canal principal.
Dos três passeios mais percorridos no lado argentino, somente um está aberto ao público: o Circuito Superior, que proporciona visão panorâmica do conjunto de saltos. Além da Garganta do Diabo, o Circuito Inferior está com acesso temporariamente suspenso, em razão da instabilidade do solo em um dos trechos próximo ao mirante do Salto Bossetti.
Tempo chuvoso
De acordo com o Simepar, serviço de meteorologia do Paraná, o volume de chuvas deve diminuir nos próximos dias, mas o tempo chuvoso deve continuar em grande parte do estado pelo menos até o fim de semana.
A Estação Meteorológica de Foz do Iguaçu contabilizou, nas últimas 24 horas, 50.2 milímetros de precipitações. Entretanto, em cidades do Sudoeste do Paraná, como Francisco Beltrão, o volume já é superior a 100 milímetros por metro quadrado, o que provocou o transbordamento de cursos d’água como o Rio Marrecas, que faz parte da bacia do Rio Iguaçu.
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