A cada mês fica mais difícil que as obras de acesso à Ponte da Integração, no lado paraguaio, estejam prontas a tempo no prazo previsto.
A intenção é que terminem junto com a inauguração da segunda ponte sobre o Rio Paraná, entre Foz e Presidente Franco.
Mas, depois do atraso para conseguir os recursos para a obra, agora há mais um problema.
Uma construtora entrou com recurso contra a licitação, por considerar que a vencedora não tem capacidade técnica.
Resultado: a licitação acabou anulada pelo setor de Contratações Públicas do Paraguai, conforme o jornal ABC Color.
A licitação era para serviços de consultoria na fiscalização das obras de acesso à ponte e da conexão à rede interurbana existente.
ESTACA ZERO
Enquanto no lado brasileiro a Perimetral Leste já está em obras desde o início de abril, no Paraguai tudo volta à estaca zero.
Nas duas margens, são obras demoradas porque exigem obras de arte.
Especialmente no lado brasileiro, que terá dois viadutos.
No caso de Presidente Franco, o “Corredor Metropolitana de Leste” contará com uma pista de 31 km de extensão, que fará a ligação à Ponte da Integração.
Terá ainda obras de conexão à rede interurbana existente (4,6 km) e a construção de uma ponte sobre o Rio Monday, entre os municípios de Minga Guazú e Los Cedrales.
ATRASO
Já no início de junho, o prefeito de Presidente Franco, Roque Godoy, reclamava do atraso no inicio das obras.
Definitivamente, segundo o prefeito, as obras viárias não terminarão na data de inauguração da Ponte da Integração.
O atraso inicial foi por falta de financiamento para as obras.
Conseguido o dinheiro, agora entra o processo burocrático, tão ou mais demorado que conseguir recursos.
A Ponte da Integração – toda ela – e a Perimetral Leste têm financiamento da margem brasileira da Itaipu Binacional.
Para as obras de acesso à ponte, em Presidente Franco, os recursos são do governo do Paraguai.
A construção é de responsabilidade do Ministério de Obras Públicas.
COMO ESTÁ A PONTE
Já no começo de junho, na margem paraguaia,foi instalado o quarto e último trecho do tabuleiro da ponte, que agora conta com 110 metros de distância.
Tabuleiro pronto, acende-se luz verde ao início do avanço livre do trecho central, composto por vigas metálicas com lajes de concreto.
Esse trecho central é a pista da ponte´sobre o Rio Paraná.
Tanto no lado brasileiro como no paraguaio, a previsão é que as obras estejam concluídas no segundo semestre de 2021.
Mas, se o acesso em Presidente Franco não for concluído a tempo, a ponte ficará subutilizada.
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