O Ministério de Saúde do Paraguai informou que, nas 24 horas até terça-feira, 15, houve 1.400 novos casos de covid-19 e 41 mortes, número recorde desde o início da pandemia, informa o jornal Última Hora.
Entre os mortos, há 13 mulheres e 28 homens. Três deles tinham idades entre 20 e 39 anos; 12 entre 40 e 59 anos; e 12 tinham 60 anos ou mais. O total de óbitos subiu para 3.517.
Com os novos casos, o total agora chegou a 181.414. O país tem 1.426 pessoas internadas com covid-19, das quais 353 em unidades de terapia intensiva. Há ainda 150.870 pessoas recuperadas, o que equivale a 83,1% do total de casos.
SOBRE AS MORTES
O ministro de Saúde Pública, Julio Borba, diz que o recorde de mortes não se refere apenas às últimas 24 horas, mas tem também óbitos de dois ou três dias que demoraram mais para ser analisados.
Já o diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, diz que é preciso esperar até o fechamento da semana para avaliar os números em geral, já que um único dia não traz um panorama real sobre a pandemia, conforme o jornal La Nación.
VACINAS
Até o domingo, 14, o Paraguai havia imunizado apenas 9.671 pessoas, todas da área de saúde, que atendem diretamente pacientes com covid-19.
O país recebeu até hoje 4 mil vacinas da Rússia e outras 20 mil doadas pelo Chile. A expectativa é que esta semana chegue o primeiro lote de 36 mil doses via mecanismo Covax, da Organização Panamericana de Saúde. Na semana que vem, está prometido o envio de 64 mil doses.
VAI E VOLTA
A exemplo das vacinas, em que o governo paraguaio parece ter dormido no ponto, também titubeia ao anunciar (e “desanunciar”) medidas de restrição à circulação de pessoas, para tentar diminuir os contágios.
O governo havia anunciado, por exemplo, que a restrição de circulação de pessoas, a partir de quinta-feira, 17, seria das 20h às 5h. Depois de críticas e de ouvir os empresários gastronômicos, voltou atrás: o horário permanece como está hoje, da meia-noite às 5h.
As aulas presenciais e os esportes de contato foram suspensos em 24 cidades em alerta vermelho, entre as quais está a vizinha Ciudad del Este.
CEPA BRASILEIRA
O jornal La Nación noticia que Guillermo Sequera afirma haver indícios de que a cepa brasileira do coronavírus circula no Paraguai. Os especialistas do mundo inteiro dizem que a variante é muito contagiosa e exige das pessoas ainda mais cuidados.
“Muitos virologistas ressaltam (que a cepa) não é mais grave. mas sim que é mais contagiosa. Sendo mais contagiosa, faz com que haja mais casos e, proporcionalmente, vamos ter mais internados e mais mortes, mantendo a mesma letalidade. Outros virologistas dizem que, na realidade, o que provoca mais contágios é a atitude e a conduta humana.”
E ressalta: “Os contágios são gigantescos, já temos mais de 20 mil casos ativos que espero estejam em suas casas cuidando-se, cuidando dos seus, e que não esteja contagiando a comunidade, porque há muita gente que tem o vírus e não sabe. Então, precisamos cuidar-nos, temos que comportar-nos como se tivéssemos o vírus”.
A Saúde Pública do Paraguai não recomenda que os compatriotas venham tirar férias no Brasil, devido ao alto número de casos e mortes no País.
Durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, cerca de 25 mil paraguaios vieram veranear no Brasil. O governo estuda até mesmo reabrir os abrigos provisórios para que os que voltam do Brasil passem por uma quarentena.
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