A Secretaria Nacional de Turismo (Senatur), do Paraguai, informou que o país recebeu, em 2022, 1.548.401 viajantes estrangeiros, alta de 171% em relação a 2021, ano ainda bastante afetado pelas restrições sanitárias às viagens internacionais. Desse total, 579.471 eram turistas e 968.930 excursionistas (que ficam menos de 24 horas no país).
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O balanço, intitulado “Relatório sobre Turismo Receptivo no Paraguai em 2022”, não contabiliza a circulação de turistas brasileiros por locais como a Ponte da Amizade ou a fronteira seca entre Ponta Porã (PS) e Pedro Juan Caballero, tendo em vista que, para deslocamentos no raio de 30 quilômetros, não há obrigatoriedade de registro migratório.
Dessa forma, os dados ficam subestimados. No caso da ligação entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, por exemplo, entram na conta somente os viajantes que se deslocam a mais de 30 quilômetros do ponto de entrada ou que fazem, voluntariamente, os procedimentos de entrada e saída migratória na aduana paraguaia.
Não por acaso, o relatório indica que a principal via de entrada de turistas em território paraguaio é a localidade de Puerto Falcón, na fronteira com a Argentina, com 41% do fluxo, seguida por Encarnación (22%) e pelo Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi (12%), na região de Assunção. A Ponte da Amizade soma apenas 5,4% dos registros.
Outra estatística afetada pelo deficit de dados nas passagens fronteiriças com o Brasil é o da nacionalidade dos visitantes estrangeiros. Segundo a Senatur, 75,9% são argentinos, seguidos pelos brasileiros (9,4%) e estadunidenses (2,1%). O número real de brasileiros, principalmente, de excursionistas, é certamente maior que a parcela registrada.
Em 2022, o movimento gerado pelo turismo internacional adicionou US$ 455,4 milhões (R$ 2,3 bilhões) à economia do Paraguai, 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). A via aérea representou 12% dos acessos dos turistas, que entraram, majoritariamente, por terra (80%). Os portos fluviais do país receberam pouco mais de 7% do total.
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