Paraguai promove campanha contra exploração infantil nos semáforos

Autoridades alertam para os casos de adultos que usam crianças para vendas e pedidos de esmolas.

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Autoridades alertam para os casos de adultos que usam crianças para vendas e pedidos de esmolas.

Equipes da prefeitura de Ciudad del Este estão divulgando, nos semáforos da área central, as ações da campanha “No des monedas” (“Não dê moedas”), que visa a alertar motoristas e pedestres quanto ao uso de crianças para pedir esmolas ou vender produtos como balas e doces nas ruas da segunda maior cidade do Paraguai.

A ação é coordenada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ciudad del Este (Codeni). Segundo Cela Cabañas, advogada e diretora do Codeni, foram detectadas situações em que crianças faltam com frequência ou abandonam a escola para trabalhar com parentes ou vizinhos.

“É justo e necessário fazer esta campanha de conscientização com a população, para que os cidadãos não comprem das crianças os produtos. Muitos deles são pequenos e ficam muito cansados”, afirmou a diretora, em boletim distribuído à imprensa. “Nosso trabalho tem como base a prevenção, fazer com que a população entenda a questão.”

A melhor forma de ajudar, de acordo com as diretrizes da campanha, é apoiando instituições que fazem ações voltadas às famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Casos abusivos, como de crianças “alugadas” por adultos ou submetidas a condições prejudiciais a seu desenvolvimento, devem ser denunciados às autoridades.

Em Foz do Iguaçu, conforme noticiado pelo H2FOZ em 2021, a instalação de placas em via pública com os dizeres “Dar esmola não ajuda, não dê esmola, dê oportunidade” gerou intensa polêmica. Além dos moradores locais, muitas das pessoas que pedem ajuda nas ruas são estrangeiras, vindas de países como Paraguai, Argentina e Venezuela.

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