O Paraguai pode ter uma nova onda de casos de covid-19 nas últimas semanas de 2022, no período paralelo às férias e às festas de fim de ano. É o que apontam as projeções do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS), que ressalta a importância da vacinação para minimizar as hospitalizações e reduzir os riscos de complicações.
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No boletim semanal divulgado nessa sexta-feira (25), foram confirmados 151 novos casos e um falecimento. No acumulado desde o início da pandemia, o Paraguai registra 776.850 infecções e 19.611 óbitos. Os números atuais, entretanto, podem estar subestimados, uma vez que diminuiu a procura por exames e consultas.
“Hoje, muitos dos casos são leves e as pessoas já não fazem o teste. Com isso, nós não conseguimos captar esses registros”, admitiu Guillermo Sequera, diretor de Vigilância da Saúde, durante a apresentação do boletim. “Hoje, a Vigilância se baseia muito mais em como está a situação do sistema de saúde, em quantas pessoas estão internadas.”
Segundo Sequera, em todo o país, 19 pessoas estão hospitalizadas por complicações geradas pelo novo coronavírus, com 18 pacientes em leitos de enfermaria e um em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A vacinação, com pelo menos uma dose de reforço, é apontada como o principal fator para a redução dos casos graves.
O monitoramento feito pelas autoridades paraguaias indica que 63% dos novos casos de covid-19 no país são de pessoas que já tiveram a doença em algum momento nos últimos dois anos, sendo caracterizados como reinfecção. A nova onda, se as atuais projeções forem mantidas, pode ocorrer na segunda quinzena de dezembro.
Em paralelo, o setor de Vigilância da Saúde detectou que a circulação dos agentes causadores da gripe (influenza A e B) está em aumento, o que eleva a preocupação das autoridades sanitárias em relação a casos de complicações respiratórias em grupos como pessoas com 60 anos ou mais, hipertensas, obesas, diabéticas ou povos indígenas.
Varíola dos macacos
No boletim semanal apresentado nessa sexta, o Paraguai confirmou seis novos casos de moradores infectados pelo vírus da varíola dos macacos (monkeypox), elevando para 22 o número de diagnósticos positivos no país. Todas as ocorrências estão concentradas na capital Assunção e municípios da área metropolitana.
Por outro lado, Guillermo Sequera manifestou preocupação em relação às regiões fronteiriças. “Cidades como Foz do Iguaçu já tiveram casos, mas em Ciudad del Este foram apenas três suspeitos nos últimos meses, todos descartados. O que acontece nas regiões de fronteira? Faço um chamado para que os médicos fiquem atentos”, disse.
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