O instituto AtlasIntel Latinoamérica divulgou, nessa quarta-feira (15), os resultados de sua primeira pesquisa de intenção de votos para a presidência do Paraguai. No dia 30 de abril, os eleitores irão às urnas para definir o comando do país pelos próximos cinco anos. Mario Abdo Benítez, atual presidente, não é candidato.
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Segundo a pesquisa, se a eleição fosse hoje, o opositor Efraín Alegre, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), estaria na frente, com 38,2%. Santiago Peña, do governista Partido Colorado, viria logo atrás, com 36,1%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, os dois candidatos estariam tecnicamente empatados.
Na terceira colocação estaria Payo Cubas, do movimento Cruzada Nacional, com 14,3% da preferência, seguido pelo ex-goleiro José Luis Chilavert (2,9%) e pelo ex-chanceler Euclides Acevedo (2,7%). Os demais postulantes somariam 0,9%, enquanto 0,8% votaria em branco, nulo ou não votaria, e 4,2% se declararam indecisos.
O levantamento ouviu 1,6 mil eleitores entre os dias 10 e 13 de março, via internet. A amostra teve 48% de mulheres e 52% de homens, com distribuição similar entre as faixas etárias. Em relação às regiões do país, 43,1% dos entrevistados vivem em Assunção e arredores, com 12,7% no Alto Paraná e os demais nas outras áreas do país.
A eleição no Paraguai é em turno único, com a vitória podendo ocorrer por qualquer margem. O eleitorado paraguaio tem, ainda, um histórico alto de abstenção, o que pode influenciar as tendências de voto. O único pleito perdido pelo Partido Colorado nas últimas sete décadas foi o de 2008, vencido pelo ex-bispo católico Fernando Lugo (Frente Guasú).
Mudança
Segundo a pesquisa AtlasIntel, 55% dos entrevistados preferem que o próximo presidente seja da atual oposição, enquanto 36% desejam a continuidade do Partido Colorado e 8,6% declararam não saber. Entre os eleitores colorados, 12% disseram que a decisão de voto ainda não é definitiva. Entre os filiados ao PLRA, a certeza é de 97%.
O levantamento também captou que 46% consideram o governo do presidente Mario Abdo Benítez “regular”; 43%, “ruim” ou “muito ruim”; e somente 7%, “bom” ou “excelente”. Quanto aos problemas do país, os mais citados foram: corrupção (65%), falta de acesso aos serviços de saúde e medicamentos gratuitos (56%) e insegurança (40%).
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