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Responsável pela produção e distribuição de energia no Paraguai, a estatal Administração Nacional de Eletricidade (Ande) calcula que o prejuízo mensal médio, gerado pelos “gatos” para a mineração de criptomoedas, seja de G$ 14,7 bilhões (R$ 10,9 milhões).
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Em declarações ao jornal Última Hora, o engenheiro Hugo Rolón Fernández, gerente-comercial da Ande, detalhou que, desde o início do ano, a empresa já desconectou 24 locais que furtavam energia, direto da rede, para alimentar máquinas de mineração.
“A potência de 72.823 kVA [detectada nas ligações desconectadas] representava para a instituição uma perda mensal de G$ 14.720.458.825 a título de energia não faturada, que devem ser pagos, juntos com os gastos da intervenção e da multa, pelo responsável pela subtração de energia elétrica”, afirmou.
Para reduzir o problema, a Ande tem investido em tecnologias como o uso de inteligência artificial para detectar padrões anormais de consumo. Em paralelo, está em tramitação, no Congresso Nacional do Paraguai, um projeto de lei que endurece as penas para furto de energia.
Os transtornos trazidos pelas conexões clandestinas (detectadas, em sua maioria, na Região Leste do país) são reconhecidos por dirigentes empresariais como Fernando Arriola, diretor da Câmara Paraguaia de Fintechs, agremiação que inclui as companhias legais dedicadas à criptomineração.
Segundo Arriola, é compreensível que a Ande adote ações como o aumento das tarifas cobradas do setor, sob o argumento de custear os investimentos necessários. Entretanto, é preciso intensificar o combate aos que atuam ilegalmente.
“Cremos que a solução é apoiar as intervenções às criptomineradoras ilegais que aparecem semanalmente e fazer com que o acesso delas à energia seja mais difícil. Temos que fazer um trabalho em conjunto com o Ministério Público, apoiar neste momento, não deixar a Ande sozinha”, apontou.
