Paraguai tem 28 mortes por chikungunya desde dezembro

Principais vítimas da doença são pessoas com mais de 60 anos e crianças nos primeiros anos de vida.

Apoie! Siga-nos no Google News

O Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS) do Paraguai atualizou, nessa sexta-feira (24), o boletim epidemiológico sobre a situação da febre chikungunya no país. Somente na última semana, 4.895 casos foram confirmados, chegando à marca de 29.362 pacientes infectados desde outubro de 2022.

No tocante aos falecimentos, 28 mortes foram reportadas desde o primeiro óbito atribuído à doença, nos últimos dias de dezembro. Entre as pessoas que perderam a vida, 19 tinham mais de 60 anos. Já entre as crianças, foram quatro mortes na faixa dos primeiros anos de vida, incluindo um bebê com somente 31 dias.

Outro recorte divulgado pelo ministério é que, dos 29.362 infectados, 2.401 precisaram de hospitalização. No atual momento, são 179 pacientes internados em leitos de enfermaria e 36 em unidades de terapia intensiva (UTIs), com a preocupante informação de que 15 dos hospitalizados são crianças com menos de 1 ano de vida.

“Quase a metade dos casos de internação [em UTI] corresponde a crianças muito pequenas. O outro segmento grande de internados é o de adultos maiores de 55 anos, principalmente os que têm mais de 80”, detalhou Guillermo Sequera, diretor de Vigilância da Saúde do MSPyBS.

Diretor Guillermo Sequera mostra a curva de casos de chikungunya no Paraguai. Imagem: Gentileza/MSPyBS
Diretor Guillermo Sequera mostra a curva de casos de chikungunya no Paraguai. Imagem: Gentileza/MSPyBS

Segundo Sequera, 90% dos casos estão concentrados em Assunção e municípios da região metropolitana, embora regiões do interior, como os arredores de Caacupé, Paraguarí e Encarnación, estejam registrando aumento nas notificações. Dos 17 departamentos (estados) do país, todos já confirmaram a circulação do vírus.

Ainda de acordo com Sequera, a mortalidade atípica, mais alta que em países vizinhos, preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), que anunciou o envio de uma missão ao Paraguai para estudar o comportamento do vírus.

Fronteira

No lado brasileiro da fronteira, em Foz do Iguaçu, 24 casos de chikungunya já foram confirmados, sendo sete de moradores locais e 17 de residentes em outras localidades (incluindo o Paraguai).

Puerto Iguazú, no lado argentino, também já confirmou dois casos da doença, que tem sintomas similares aos da dengue e é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.