Paraguai desmantela mineradora ilegal de criptomoedas

Estrutura ficava em um local com pouca circulação de pessoas, perto de um depósito de lixo no município de Nueva Esperanza.

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Técnicos da Administração Nacional de Eletricidade (Ande) desconectaram, nessa quinta-feira (18), uma conexão clandestina de energia usada para alimentar uma estrutura com cerca de 200 computadores, empregada para a mineração de criptomoedas.

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A descoberta ocorreu no município de Nueva Esperanza, região do lago de Itaipu, em um local com pouca circulação de pessoas, perto do depósito municipal de lixo.

Técnicos da Ande detectaram uma anomalia de consumo no local, de características remotas. Foto: Gentileza/Ande
Técnicos da Ande detectaram uma anomalia de consumo no local, de características remotas. Foto: Gentileza/Ande

A comitiva da Ande foi acompanhada por agentes da Polícia Nacional e por representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário, que determinaram a apreensão dos computadores, de dois contêineres e de um transformador de energia.

Um dos detalhes curiosos do caso é que os contêineres projetados para acondicionar as máquinas se encontravam vazios no momento da intervenção. Os computadores, por sua vez, estavam escondidos sob lonas, camufladas em meio à vegetação.

Juíza que acompanhou o procedimento determinou a apreensão da estrutura. Foto: Gentileza/Ande
Juíza que acompanhou o procedimento determinou a apreensão da estrutura. Foto: Gentileza/Ande

De acordo com a Ande, o prejuízo mensal provocado pelo “gato” pode chegar a G$ 654 milhões (R$ 446 mil). Os responsáveis pelo local serão processados por subtração ilegal de energia elétrica, perturbação do serviço público e sabotagem.

Lei mais dura

Nesta sexta-feira (19), o presidente Santiago Peña sancionou a Lei n.º 7.300/2024, que aumenta para até dez anos de prisão a pena para quem for flagrado furtando energia elétrica da rede, para atividades como a mineração de criptomoedas.

A lei também estabelece que computadores, transformadores e outros equipamentos sejam apreendidos e entregues à Secretaria Nacional de Bens Confiscados (Senabico).

“Essa nova lei é uma ferramenta legal muito importante para poder erradicar essa praga que se instalou no Paraguai, com as conexões irregulares para a mineração de criptomoedas”, comemorou o presidente da Ande, Félix Sosa, citado pelo jornal La Nación.

Já Paula Carro, porta-voz do governo paraguaio, afirmou que a legislação terá efeito de dissuasão para evitar o furto de grandes quantidades de energia, situação que prejudica, inclusive, as empresas legais dedicadas à mineração de criptomoedas.

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