O Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS), do Paraguai, está pedindo à população que participe de forma ativa no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue e a febre chikungunya. No que se refere à última, o país está em risco de ter uma epidemia.
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Em entrevista coletiva, nessa sexta-feira (20), em Assunção, o diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, reportou que o Paraguai registrou, nas últimas três semanas, 2.754 casos de chikungunya, contra apenas 22 de dengue. O problema é maior nos municípios do entorno da capital, mas há circulação do vírus em grande parte do território paraguaio.
O balanço também indica que 58 pessoas estão internadas nos hospitais com diagnóstico da doença. Desse total, nove ocupam leitos de terapia intensiva, incluindo um bebê de 2 meses. No último dia 31, uma mulher de 73 anos, moradora da região de Assunção, tornou-se a primeira a falecer por chikungunya na história do Paraguai.
“A situação nos preocupa, pois se estamos com aumento de casos agora, imagine como serão os meses de fevereiro e março, quando aumentar a atividade social das pessoas por fatores como a volta às aulas”, afirmou Sequera.
Dos 1.303 casos positivos de chikungunya confirmados na semana epidemiológica que terminou no dia 13, 891 foram registrados na região metropolitana, com destaque para os municípios de Limpio e Mariano Roque Alonso. Assunção teve outros 375 casos, enquanto no Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, não houve confirmações.
O panorama no Paraguai já gerou alerta na Argentina, onde o Ministério da Saúde da província de Misiones passou a recomendar, aos moradores que cruzam a fronteira ou recebem parentes vindos das áreas mais afetadas, que redobrem a atenção em relação aos sintomas (similares aos da dengue) e à presença do mosquito transmissor.
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