O presidente do Paraguai, Santiago Peña (Partido Colorado), anunciou que enviará militares ao departamento (estado) de Canindeyú, na fronteira com o Brasil, como forma de ampliar a presença das forças de segurança.
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O anúncio foi feito na sexta-feira (12), durante visita à feira Expo Canindeyú. Nas últimas semanas, uma série de crimes violentos, como ameaças e execuções em via pública, vem sendo registrada na região, cuja capital é a cidade fronteiriça de Salto del Guairá.
Tais ações criminosas, conforme a Polícia Nacional e a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), estão ligadas a um enfrentamento entre pelo menos dois grupos rivais que operam o tráfico de drogas, armas e munições em rotas como o lago de Itaipu e a fronteira seca entre Paraguai e Mato Grosso do Sul.
“Já disse várias vezes que não há desenvolvimento sem segurança. Não podemos ter a melhor terra do mundo e a maior vontade de trabalhar, se não houver paz. Não havendo segurança, nunca teremos desenvolvimento”, afirmou Peña, em discurso à população.
A estratégia adotada pelo governo paraguaio será a criação de um braço local da Força-Tarefa Conjunta (FTC), para que militares e policiais possam atuar de maneira integrada e reforçar a presença do estado na região, caracterizada por pequenas cidades.
A FTC já atua em outras áreas do território do país, como nas localidades afetadas pela presença do grupo insurgente Exército do Povo Paraguaio (EPP) e nas áreas próximas à cidade de Pedro Juan Caballero.
Por razões de segurança, o número de efetivos militares a ser enviado à região de Salto del Guairá não foi detalhado pelo mandatário.
As atuais desavenças entre os traficantes locais começaram no final de fevereiro, quando veio a público um suposto plano para assassinar o líder de um dos grupos. Desde então, várias ações de vingança já foram orquestradas pelos criminosos em disputa.
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