Plantações afetadas estão em quatro municípios do Alto Paraná, próximo à fronteira com Brasil e Argentina.
O Serviço Nacional de Qualidade e Salubridade Vegetal e de Sementes (Senave), do Paraguai, confirmou, nessa sexta-feira (22), a detecção de focos de ferrugem asiática em lavouras de soja na Região Leste do país. A praga, provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, afeta a produção e gera perdas milionárias ao setor agrícola.
Os focos foram encontrados em fazendas de Los Cedrales (a 30 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu), Santa Rosa del Monday, Paranambú (fronteira com a Argentina) e San Cristóbal. As cidades fazem parte do departamento (estado) fronteiriço de Alto Paraná, o principal produtor de soja no país.
As recomendações do Senave aos proprietários, técnicos e agentes sanitários são para que redobrem as medidas de controle para o manejo integrado da doença, de forma a detectar o problema em sua etapa inicial, fazer a aplicação de fungicidas e eliminar as plantas hospedeiras da ferrugem asiática.
O principal sintoma da praga é o aparecimento de manchas escuras nas folhas de soja, prejudicando o desenvolvimento normal e afetando o surgimento dos grãos. Os primeiros relatos do problema em pés de soja na América do Sul foram feitos de forma simultânea, no Brasil e no Paraguai, no ano de 2001.
O Paraguai é um dos maiores exportadores de soja do mundo, chegando a ocupar, nos anos de melhor colheita, a terceira posição no ranking global. A atual safra, afetada negativamente por fatores como a estiagem, deve render pouco mais de 3,4 milhões de toneladas do grão, ante expectativa inicial de 10,5 milhões no início do plantio.
Comentários estão fechados.