O Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS), do Paraguai, confirmou o primeiro caso de sarampo detectado no país, após 25 anos sem registros da doença. O resultado foi divulgado na última sexta-feira (27), tendo como paciente um menino da cidade de Hohenau, na Região Sul, perto da fronteira com a Argentina.
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Em entrevista coletiva, o diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, informou que o caso é de setembro do ano passado e não trouxe complicações. A demora na divulgação do diagnóstico ocorreu porque os exames da criança e de cerca de 40 contatos próximos foram enviados aos Estados Unidos para análise detalhada.
Ainda segundo Sequera, apesar do aparente corte na cadeia de transmissão, a origem da contaminação não foi encontrada. O último surto de sarampo no Paraguai, com 70 casos confirmados, ocorreu em 1998. Nos anos de 1987, 1990 e 1993, o país teve epidemias da doença, com aproximadamente 1,5 mil confirmações em cada ciclo.
“No ano passado tivemos 600 notificações de casos suspeitos, enviamos 48 resultados aos Estados Unidos para contraprova, e um deu positivo. O sarampo é muito contagioso, a criança pode desenvolver febre e manchas na pele. O período contagioso começa quatro ou cinco dias antes e se estende por mais quatro ou cinco dias”, detalhou o diretor.
Como recomendação imediata, o MSPyBS fez um chamado à população para que procure uma unidade de saúde e imunize as crianças que ainda não receberam a vacina tríplice viral ou o reforço correspondente, bem como os adultos nascidos após 1965 e que não tenham sido imunizados durante a infância.
A pasta estuda, ainda, exigir comprovantes de vacinação de viajantes que retornam do exterior e de trabalhadores de setores que têm contato direto com turistas, como transportes e hotelaria. O Brasil voltou a ter a circulação do vírus do sarampo em 2019. Na Argentina, todos os casos posteriores a 2000 foram importados de outros países.
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