Responsável pelas políticas públicas de saúde no lado paraguaio da fronteira, a 10.ª Região Sanitária, do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS) do Paraguai, confirmou oito casos positivos de febre chikungunya no departamento (estado) de Alto Paraná. Os pacientes são moradores de Ciudad del Este e Minga Guazú.
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Desde dezembro, o Paraguai vem registrando surtos da doença, com destaque para a proliferação do vírus em municípios da região metropolitana de Assunção, como Limpio e Mariano Roque Alonso. Se o atual quadro não for revertido, o MSPyBS adverte que, pela primeira vez, o país corre risco de enfrentar uma epidemia de chikungunya.
No tocante à região de Ciudad del Este, 10.ª Região Sanitária, Governo do Alto Paraná e Serviço Nacional de Erradicação de Zoonoses (Senepa) informaram a reativação da Equipe de Gestão Integrada (EGI), que coordenará ações de erradicação do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor do vírus.
O município que mais preocupa é Minga Guazú, a 15 quilômetros da Ponte da Amizade, onde o índice de infestação, em alguns bairros, é superior a 20% dos imóveis. Em Ciudad del Este, Presidente Franco, Hernandarias e Santa Rita, a presença do mosquito também é alta, com os integrantes da EGI pedindo o apoio da população para eliminar criadouros.
Foz do Iguaçu
No lado brasileiro, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), de Foz do Iguaçu, emitiu um alerta, nessa quarta-feira (1.º), para que a população esteja atenta à doença. O gatilho foi a detecção de um caso positivo em uma paciente de 46 anos, sem histórico de viagens recentes, que procurou atendimento no hospital.
Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, com febre, artralgia, dor muscular, manchas no corpo e conjuntivite em até 30% dos casos. “Uma característica comum é essa artralgia, uma dor nas articulações, que aparece e dura alguns dias”, informou a médica Betânia Bernardo, citada pela assessoria do HMCC.
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