A Comissão Demarcadora de Limites, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, está questionando o Brasil sobre a remoção temporária de dois dos marcos que delimitam os países, na fronteira seca entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS).
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De acordo com o jornal La Nación, a situação ocorreu durante obra para o alargamento de uma via no lado brasileiro da fronteira, tendo afetado os obeliscos dos marcos de número 80 e 81.
“Recebemos a denúncia dias atrás e visitamos o lugar, onde constatamos que os marcos foram derrubados”, relatou o embaixador Miguel Ángel Romero, presidente da comissão, em declarações à rádio 970 AM, de Assunção.
“Estamos terminando uma reunião bilateral com o Brasil, onde aprovamos os trabalhos do ano passado e definiremos os que serão feitos neste ano. Na semana que vem, começaremos as medições dos marcos”, confirmou.
Nas regiões de fronteira seca, onde não há um rio ou uma linha natural visível para demarcar os territórios, a sinalização é feita com obeliscos de cimento, que medem cerca de 1,8 metro e devem estar visíveis nos dois países.
O episódio relatado pelo La Nación não é inédito: em 2012, também durante obras, um dos marcos entre Pedro Juan e Ponta Porã foi derrubado e realocado por funcionários de uma empresa paraguaia, que alegaram desconhecer a função do monumento.
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