Paraguai e Argentina firmam convênio para combater crimes na fronteira

Documento prevê medidas conjuntas para reforçar o patrulhamento em cerca de 1,6 mil quilômetros de áreas fronteiriças.

Paraguai e Argentina firmaram, nessa sexta-feira (7), um convênio bilateral que prevê ações conjuntas de combate ao crime na fronteira. O documento leva a assinatura dos ministros Óscar González (Paraguai) e Luis Petri (Argentina), da área da Defesa.

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De acordo com o jornal La Nación, a iniciativa tem como foco reforçar o patrulhamento em cerca de 1,6 mil quilômetros de áreas fronteiriças. Na mira, crimes transnacionais como o contrabando e o descaminho, ademais do tráfico de drogas, armas e munições.

A assinatura ocorreu na cidade argentina de Clorinda, próxima à fronteira com a capital do Paraguai, Assunção. A travessia entre Clorinda e Puerto Falcón/Nanawa é considerada uma das mais problemáticas da Argentina, pelos altos índices de contrabando.

Conforme o convênio, o patrulhamento embarcado nas águas dos rios Pilcomayo, Paraguai e Paraná, que demarcam a fronteira, está entre as estratégias delineadas.

“Esta será uma operação combinada, não uma militarização. Nossa presença não será nenhum problema para o cidadão pacífico e trabalhador”, afirmou o ministro da Defesa do Paraguai, Óscar González.

“Este convênio é parte de um sistema de defesa. Todas as unidades militares do Paraguai deverão trabalhar em conjunto e combinadamente com as forças de segurança da Argentina”, indicou.

Outro ponto esclarecido por González é que as tarefas ocorrerão dentro dos limites territoriais de cada país. Assim, forças da Argentina não entrarão em território paraguaio sem anuência e vice-versa.

Ministro da Defesa da Argentina

Já Luis Petri citou que “esse não é um dia qualquer nas relações entre Paraguai e Argentina, mas um dia especial. As ameaças não podem ser resolvidas de maneira solitária e isolada. Estamos assumindo um compromisso através de ações concretas”.

“Precisamos ter uma região organizada se quisermos vencer o crime organizado transnacional. Passos como esse nos permite dizer que vamos vencer”, complementou.

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