A Vigilância de Saúde do Paraguai e o setor de Migrações estão analisando formas de controlar o ingresso de brasileiros e mesmo de paraguaios que viajam ao Brasil, informa o jornal Última Hora.
A diretora de Migrações, Ángeles Arriola, descarta, no entanto, o fechamento de fronteiras, o que “poderia gerar mais caos do que ser uma solução”.
A preocupação do governo paraguaio é com o aumento crescente de casos e de mortes no país- foram 1.766 casos entre quinta e sexta-feira, 12, e 25 óbitos. Há suspeitas de que já circula no país a variante brasileira do coronavírus, mais contagiosa e – ainda está sendo analisado – mais perigosa para a saúde.
No Brasil, pelo terceiro dia seguido, houve mais de duas mil mortes em 24 horas. De quinta para sexta, morreram 2.216 pessoas, enquanto o dia anterior havia fechado com 2.233 óbitos e, na quarta-feira, com 2.286, segundo informa a Agência Brasil.
O País já soma 275.105 óbitos provocados pela covid-19 e ainda há 2.966 mortes em investigação por equipes de saúde. O número de casos confirmados desde o início da pandemia chegou a 11.363.380. Em 24 horas até sexta-feira, 12, houve 85.663 novos diagnósticos positivos.
NOVA LINHAGEM
Pra piorar, pesquisadores de cinco estados brasileiros sequenciaram amostras de vírus que indicam uma possível nova linhagem em circulação no Brasil. Além da linhagem identificada no Reino Unido, o Brasil já tem casos confirmados de duas variantes (P.1 e P.2), que surgiram a partir de cepas que circulavam no País.
“Essas mutações não interferem na vacina, mas demonstram que o vírus está mudando o tempo inteiro, e quanto mais as pessoas estiverem na rua sem máscara e sem medidas de proteção individual, mais o vírus vai mudar e mais variantes vão surgir. É mais uma demonstração de que o vírus está circulando livremente”, diz Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório de Bioinformática, que organiza as pesquisas sobre as variantes, conforme a Agência Brasil.
SEM DEFINIÇÃO
Ante essas notícias sobre a “crítica situação do Brasil”, como diz o jornal Última Hora, as autoridades paraguaias analisam medidas para conter contágios massivos.
Mas não há nada definido. A intenção é aumentar as exigências sobre as pessoas que atravessam a fronteira paraguaia, diz a diretora de Migrações, mas vai depender do que a Vigilância de Saúde entenda ser necessário.
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