Para governador, reabertura da fronteira argentina pode começar por Puerto Iguazú

Entretanto, Oscar Herrera Ahuad, da província de Misiones, disse não ter pressa para a adoção de medidas.

De forma cautelosa, o governador da província de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, falou à imprensa argentina, nessa segunda-feira (9), sobre a reabertura das fronteiras terrestres com Brasil e Paraguai. O processo deve ser gradual, com a Ponte Tancredo Neves, entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, podendo ser a primeira via.

Em declarações ao jornal Primera Edición, Ahuad comentou a Decisão Administrativa nº 793/2021, publicada no último sábado (7) pelo governo federal argentino, mantendo o fechamento das fronteiras terrestres até 1º de outubro, mas abrindo a possibilidade de que os governos provinciais peçam a habilitação de “corredores fronteiriços”.

Segundo o governador, por ora, Misiones não tem intenção de pedir a reabertura, pois as prioridades são agilizar a vacinação e atender à demanda de consultas, exames e cirurgias represados ao longo da pandemia. A posição da província é esperar até outubro, quando novas regras devem ser definidas pelo governo do presidente Alberto Fernández.

Leia também: Argentina prepara plano piloto para reabertura da Ponte Tancredo Neves.

Entretanto, Ahuad disse ver “com bons olhos a abertura fronteiriça com o Brasil, começando com Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, já que não coloca em risco o uso de leitos de UTI”. O político citou também que, após a Ponte Tancredo Neves, a reabertura seguinte pode ocorrer entre Bernardo de Irigoyen, Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR).

A fronteira mais problemática, no entender do governador, é entre a capital Posadas e a cidade paraguaia de Encarnación. “Sabemos que há uma demanda [por atendimento médico] do outro lado do Rio Paraná. Primeiro, quero garantir que todos os habitantes de Misiones possam resolver os problemas que foram adiados durante a pandemia”, afirmou.

Questionado sobre as possíveis exigências para a circulação em locais como a fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, Ahuad citou pontos como restrições nos horários de travessia, apresentação de teste RT-PCR negativo feito no máximo 48 horas antes e que o viajante ou morador tenha recebido pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.

No último sábado, a Argentina voltou a permitir a entrada de estrangeiros que tenham vínculos familiares com cidadãos legalmente residentes no país. Os únicos locais habilitados, porém, são três aeroportos e um porto fluvial, todos eles localizados na região de Buenos Aires.

Para a futura habilitação dos “corredores fronteiriços”, a Decisão Administrativa nº 793/21 prevê que os governos provinciais elaborem protocolos e apresentem os indicadores sanitários para análise de uma comissão do governo argentino. A postura do Brasil, até o momento, tem sido de reciprocidade em relação às decisões dos países vizinhos.

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