Adalberto Martínez, arcebispo de Assunção, é o primeiro religioso nascido no Paraguai a chegar a um dos postos mais altos da Igreja Católica.
O papa Francisco anunciou, no último domingo (29), a escolha de 16 novos cardeais para a hierarquia da Igreja Católica. Quatro deles são da América do Sul: os brasileiros Paulo César Costa e Leonardo Ulrich Steiner, o colombiano Jorge Enrique Jiménez Carvajal e o paraguaio Adalberto Martínez Flores, arcebispo de Assunção.
Martínez, que fará 71 anos em julho, será o primeiro religioso nascido no Paraguai promovido ao posto. Até então, o cardeal mais fortemente vinculado com o país era Cristóbal López Romero, espanhol naturalizado paraguaio, atualmente no Marrocos. A cerimônia com os novos selecionados está prevista para o final de agosto, no Vaticano.
Em declarações ao jornal La Nación, Martínez disse estar lisonjeado e atribuiu a escolha à religiosidade dos católicos do país. “É um privilégio. Temos que colocar o ouvido no coração de todos, especialmente dos pobres, dos necessitados, e trabalhar por um mundo melhor”, afirmou.
Adalberto Martínez Flores nasceu em Assunção, em 8 de julho de 1951, e foi ordenado sacerdote em 1985. Além do Paraguai, atuou por nove anos nas Ilhas Virgens, território dos Estados Unidos localizado no Caribe. Preside a Conferência Episcopal Paraguaia desde 2018, tendo sido reeleito, no ano passado, para mandato até 2024.
A última (e até agora única) visita do papa Francisco ao Paraguai foi em julho de 2015. Em várias ocasiões, no entanto, o pontífice nascido na Argentina demonstrou conhecimento em relação à realidade paraguaia e fez elogios às mulheres do país, consideradas por ele exemplos de bravura e valentia.
Em 2018, Francisco beatificou a religiosa paraguaia Maria Felicia Guggiari Echeverría (1925–1959), popularmente conhecida como “Chiquitunga”. O único santo católico nascido no Paraguai é São Roque González de Santa Cruz (1576–1628), missionário jesuíta canonizado em 1988 pelo papa João Paulo II.
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