Estrutura atual, que funciona junto ao Hospital Regional, tem deficiências como falta de equipes e medicamentos.
Pacientes atendidos pela Unidade Oncológica do Hospital Regional de Ciudad del Este organizaram, no início da manhã de hoje (7), um protesto para cobrar do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social a construção de um centro médico específico para o tratamento do câncer no lado paraguaio da fronteira.
De acordo com o grupo, a estrutura atual enfrenta problemas como a falta de equipes, o que faz com que o atendimento seja em turno único, das 7h às 13h, e inconstância no fornecimento de medicamentos e insumos, situação que, conforme os relatos, tem se agravado nos últimos dois meses.
Diariamente, cerca de cem pacientes com câncer são atendidos no Hospital Regional, 60% dos quais moradores de Ciudad del Este e demais municípios do departamento (estado) de Alto Paraná. Já os tratamentos mais complexos são feitos apenas na capital Assunção, o que exige deslocamentos constantes dos doentes.
A manifestação desta terça foi acompanhada pelo diretor da Unidade Oncológica, José Samudio, e pela deputada governista Blanca Vargas (Partido Colorado), que reconheceu a necessidade urgente de regularizar o fornecimento de insumos e ampliar o atendimento também para o turno da tarde.
O projeto para a construção de um centro oncológico está orçado em US$ 30 milhões (R$ 147 milhões). As conversações estão em estágio inicial, tanto no que diz respeito ao financiamento, que pode ser parcialmente custeado pela diretoria paraguaia de Itaipu, como da localização, em um terreno pertencente ao Exército, nas imediações do km 8.
Pacientes que têm condições para arcar com tratamento na rede particular procuram, em muitos casos, atendimento no lado brasileiro da fronteira, em Foz do Iguaçu, onde o Hospital Ministro Costa Cavalcanti é considerado referência no combate às diferentes formas de câncer.
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