Orçamento argentino para 2023 prevê novas pontes na fronteira

Documento enviado ao Congresso reserva recursos para duas pontes com o Brasil e uma com o Paraguai, além de reforma na aduana de Puerto Iguazú.

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O governo federal da Argentina enviou ao Congresso, nessa segunda-feira (24), o projeto de lei orçamentária para o ano de 2023. No tocante à província de Misiones, estão previstos recursos para a construção de três pontes fronteiriças, sendo duas com o Brasil e uma com o Paraguai.

De acordo com o portal Misiones Online, o documento reserva P$ 1 bilhão (R$ 34,4 milhões, no defasado câmbio oficial) para as obras complementares da ponte entre Porto Xavier (RS) e San Javier, que está avaliada em R$ 220 milhões e será financiada, quase que em sua totalidade, pelo governo brasileiro.

O orçamento federal argentino para 2023 prevê, também, P$ 1 bilhão para uma futura ponte entre Porto Mauá (RS) e Alba Posse; e outros P$ 1 bilhão para uma ponte sobre o Rio Paraná, ligando a cidade de Candelaria, 280 quilômetros ao sul do limite com Foz do Iguaçu, à localidade paraguaia de Campichuelo.

Trecho do documento que detalha os investimentos na província de Misiones

Outro investimento citado no documento é o “melhoramento da infraestrutura dos centros de fronteira dos paços internacionais de Bernardo de Irigoyen-Dionisio Cerqueira, Puerto Iguazú-Foz do Iguaçu e Posadas-Encarnación”. Para as reformas em questão, estão reservados P$ 50 milhões (R$ 1,7 milhão no câmbio oficial).

No caso da aduana de Puerto Iguazú, a proposta é ampliar o número de guichês para atendimento aos viajantes que entram ou saem do país e instalar equipamentos que automatizem a leitura dos documentos, de forma a diminuir o tempo de espera nas filas.

Fazem parte da listagem, ainda, a extensão do Gasoduto Néstor Kirchner até Misiones; a construção de novas linhas de energia para reduzir a instabilidade; a ampliação da rede de fibra ótica a municípios próximos a Puerto Iguazú, como Wanda e Eldorado; e a criação de um regime aduaneiro especial para a província, com redução de impostos.

A previsão do governo argentino é que o documento seja aprovado sem grandes dificuldades na passagem pelo Legislativo, uma vez que a redação do texto-base foi definida em conjunto com parlamentares governistas e com as principais lideranças políticas das províncias.

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