O promotor Rodrigo Estigarribia, acompanhado por agentes da Unidade Interinstitucional de Prevenção e Combate ao Contrabando e da Secretaria Nacional Anticorrupção do Paraguai, desencadeou na terça-feira (30), à noite, a “operação Tartufo”, na Aduana da Ponte da Amizade.
A operação se baseou em denúncias feitas em dezembro do ano passado. Após investigações, inclusive com filmagens por câmeras ocultas, autorizadas judicialmente, chegou-se ao nome dos envolvidos num esquema de contrabando de mercadorias do Brasil, que entravam no Paraguai mediante o pagamento de propinas.
Foram detidos cinco funcionários aduaneiros, dois militares e dois representantes dos “paseros”, como são chamados os que vêm buscar mercadorias em Foz do Iguaçu, informa o jornal La Nación.
René Fernández, da Secretaria Nacional Anticorrupção, disse que o horário noturno era mais utilizado para a passagem de mercadorias procedentes do Brasil.
Os detidos vão responder a processos por contrabando, corrupção e associação criminosa. As filmagens feitas desde dezembro vão permitir identificar outros envolvidos no esquema, segundo o promotor Rodrigo Estigarribia.
ATAQUE À IMPRENSA
Logo depois da detenção das nove pessoas, um grupo que seria formado por contrabandistas atacou jornalistas. O carro de Noelia Duarte, da Telefuturo, teve o para-brisas quebrado por pedras, quando ela estava ao volante. A jornalista não ficou ferida.
Outro jornalista, Aníbal Rolón, também sofreu agressões físicas quando chegou ao local para fazer a cobertura da operação.
Segundo o ABC Color, houve ainda ataques a jornalistas da tevê C9N, que tiveram que sair do local debaixo de pedradas. Dois carros foram danificados.
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