Na manhã desta quarta-feira, 12, já há filas de mais de 9 km de caminhões que pretendem entrar no Brasil.
Mais uma vez, vale o alerta: se não for necessário, deixe de ir a Ciudad del Este, ao menos de carro. Pra entrar na cidade, é fácil; o problema é voltar a Foz do Iguaçu.
Ontem, terça-feira, a espera na fila para o retorno passou de três horas. A situação volta a se repetir.
Só os caminhões carregados, segundo o jornal La Clave, ocupam 9 km da rodovia de acesso à Ponte de Amizade, no lado paraguaio, por causa da operação-padrão dos funcionários da Receita Federal e Anvisa.
No Porto Seco, onde é feito o desembaraço de cargas importadas e exportadas, há centenas de caminhões no aguardo da liberação.
MAIS ADESÕES
E a situação pode piorar ainda mais. Na terça-feira, analistas-tributários da Receita Federal aprovaram, em assembleia, operação-padrão em todas as áreas e entrega de todos os cargos em comissão e funções de chefia no órgão, como noticia o Jornal do Brasil.
A operação-padrão não será aplicada no controle de bagagens e na fiscalizaçãoe controle aduaneiro relacionadas a medicamentos e insumos médicos e hospitalares, cargas vivas e perecíveis.
As manifestações dos funcionários da Receita, explica o JB, começaram em protesto contra o governo federal, porque consideram que está ocorrendo um “desmonte” do órgão, o que afetará a sociedade brasileira e trará impactos à segurança pública, ao sigilo dos contribuintes à arrecadação de recursos para a sociedade e para a economia do país que já enfrenta um grave cenário de crise fiscal.
O auge das queixas foi quando a Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional cortou R$ 1,182 bilhão da Receita Federal.
O corte incluiu R$ 675 milhões que seriam destinados para a gestão das soluções informatizadas da Receita Federal, como os softwares que fazem a arrecadação e administração do Imposto de Renda. A previsão de orçamento somente para essa finalidade era de R$ 1,311 bilhão.
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