A fronteira é rota para o contrabando do produto pirata, que afeta a economia, o meio ambiente e a saúde pública.
Em patrulhamento no contexto da Operação Hórus, policiais do Batalhão de Polícia de Fronteira chegaram a um porto clandestino em Foz do Iguaçu, onde encontraram dez galões de agrotóxicos contrabandeados. A ação ocorreu na segunda-feira, 28, e o produto apreendido foi encaminhado para a Receita Federal do Brasil.
A abordagem dos policiais militares do BPFron está inserida no Programa VIGIA, de cooperação interagências. São ações integradas das forças de segurança pública federais e estaduais, com ênfase na prevenção e enfrentamento a crimes em cidades localizadas na faixa fronteiriça.
Foz do Iguaçu segue sendo uma rota importante de passagem do contrabando de agroquímicos, prática ilícita que afeta a economia nacional e tem efeitos ainda inestimáveis ao meio ambiente e à saúde pública. Os riscos são severos, segundo estudo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF).
De acordo com o instituto, que tem sede em Foz do Iguaçu, a “fragilidade das fronteiras brasileiras, porém, expõe a agricultura nacional ao uso indiscriminado desses produtos”, enquanto o contrabando aumenta. Em 2020, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 70,4 toneladas de agroquímicos ilegais nas estradas brasileiras – 13,7% mais do que no ano anterior.
O agrotóxico ilegal que entra no Brasil pela fronteira em Foz do Iguaçu e nas cidades da região, na área fronteiriça com o Paraguai, é distribuído para todo o país com o uso frequente de veículos de passeio, a fim de driblar a fiscalização. O agroquímico é levado, então, para localidades do interior do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e outros estados.
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