Operação Dionísio 2: Brasil e Argentina combatem contrabando de vinhos

Ação conta com a participação da Receita Federal do Brasil (RFB) e da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), da Argentina.

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Ação conta com a participação da Receita Federal do Brasil (RFB) e da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), da Argentina.

A Receita Federal do Brasil (RFB) e a Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), da Argentina, deram início, nessa quarta-feira (14), à Operação Dionísio 2, que tem como objetivo combater o contrabando de vinhos argentinos na região de fronteira. A atividade gera prejuízos como a sonegação de impostos nos dois países.

No lado brasileiro, o trabalho tem o apoio de corporações como a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Paraná (PM-PR), Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC) e Polícia Civil de Santa Catarina. Na Argentina, forças policiais da província de Misiones foram mobilizadas para as ações.

Forças reunidas em Santa Catarina para a operação. Imagem: Gentileza/Receita Federal do Brasil

“O combate à entrada de vinhos de maneira ilegal no País busca proteger a indústria nacional e combater a concorrência desleal, uma vez que comerciantes que realizam a importação legal das bebidas não conseguem manter a competitividade frente aos sonegadores e acabam fechando as portas, aumentando o desemprego”, informa a RFB.

“Cabe destacar que a atuação integrada de autoridades brasileiras e argentinas visa desarticular a atuação de organizações criminosas no setor, reduzindo a violência na fronteira entre os dois países”, conclui a nota distribuída à imprensa pela assessoria do órgão.

Barreira de fiscalização em estrada próxima à fronteira binacional. Imagem: Gentileza/Receita Federal do Brasil

Fiscalização

Os trabalhos de fiscalização acontecem no limite entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, com atenção especial para a Ponte Tancredo Neves e para as águas do Rio Iguaçu; municípios do Sudoeste paranaense, como Capanema e Barracão; e municípios do Oeste catarinense, onde é grande o registro de apreensões.

A título de comparação, em 2018, a RFB apreendeu 45 mil garrafas de vinho procedentes da Argentina. Em 2021, o total subiu para 595 mil. Neste ano, somente no Paraná e em Santa Catarina, a cifra já chega a 113 mil garrafas, algumas das quais avaliadas em mais de R$ 2 mil no mercado brasileiro.

Apreensão durante edição anterior da operação. Imagem: Gentileza/Receita Federal do Brasil

O contrabando de vinhos argentinos ganhou força principalmente devido à diferença nos preços entre os dois países. Com o desnivelamento do câmbio e as múltiplas cotações paralelas praticadas no país vizinho, a garrafa de um rótulo bem avaliado no mercado pode sair por apenas 30% do valor normalmente encontrado no comércio brasileiro.

Agentes da RFB verificam veículo procedente da Argentina. Imagem: Gentileza/Receita Federal do Brasil
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