Foz do Iguaçu e Ciudad del Este fazem parte da iniciativa que tem como foco ampliar políticas conjuntas.
O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) selecionou, no âmbito do projeto Conexões Urbanas, cidades da fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina para o desenvolvimento de ações voltadas a ampliar políticas de integração e promover soluções conjuntas para os problemas que afligem os moradores.
A iniciativa, com duração estimada de dois anos, será implantada em dois polos: o conglomerado urbano formado pelas cidades de Barracão (PR), Bom Jesus do Sul (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (Argentina); e as cidades-gêmeas de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este (Paraguai).
No caso do polo transfronteiriço Brasil–Argentina, o ONU-Habitat Brasil firmou parceria com o Comitê de Desenvolvimento Territorial La Frontera e com o Consórcio Intermunicipal da Fronteira, para compartilhamento de informações, mobilização de atores locais e apoio na implementação e divulgação das atividades do projeto.
O Conexões Urbanas tem como objetivo aumentar as capacidades das autoridades e comunidades locais para planejamento e desenho urbano em cidades de fronteira.
“A ideia é promover a inclusão de todas as pessoas, incluindo migrantes de outras nacionalidades, fomentando a coesão social e reforçando a cooperação transfronteiriça”, destaca o ONU-Habitat, em material distribuído à imprensa.
Metodologia
Para segunda-feira (23), está marcada uma oficina com lideranças das organizações da sociedade civil e pessoas das áreas de urbanismo e assistência social de Barracão, Bernardo de Irigoyen, Bom Jesus do Sul e Dionísio Cerqueira, para dar início à avaliação dos espaços públicos dessas cidades.
Até o final de 2023, o projeto vai promover escutas da população e atores locais, realizar oficinas com autoridades e lideranças dos territórios, elaborar um diagnóstico dos espaços públicos a partir de metodologias participativas já testadas pelo ONU-Habitat em outras regiões do planeta e revisar políticas migratórias e urbanas.
Com base nos diagnósticos e na participação da população, será apresentada uma proposta de projeto de requalificação para um espaço público que seja relevante para cada grupo de municípios, além de recomendações de políticas públicas para a rede de espaços. Também estão previstos eventos e oficinas regionais e internacionais para promover o intercâmbio de experiências e boas práticas entre as cidades participantes.
Com informações do ONU-Habitat.
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