Já está em casa a segunda onça-parda que escapou do Centro de Reabilitação e Reprodução de Animais Güirá Oga, em Puerto Iguazú, no fim de semana passado, após desconhecidos arrombarem um portão que dava acesso ao recinto dos animais. Segundo a direção do local, o retorno da fêmea foi por conta própria.
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No último dia 27, funcionários do Güirá Oga constataram a violação do espaço, que teve um cadeado rompido, e o desaparecimento de duas onças-pardas adultas, que estão no refúgio desde filhotes, após terem sido resgatadas em uma operação contra a caça de animais silvestres.
A primeira onça foi reconduzida ao recinto no dia seguinte, em trabalho coordenado pelos biólogos da instituição. O segundo felino, também avistado no domingo (28), vinha sendo monitorado desde então, chegando a ficar dois dias sem apresentar sinais na mata próxima ao refúgio e a uma aldeia da etnia mbyá guarani.
“Depois de dois dias sem novidades, nesta manhã (3), muito cedo, funcionários que estavam fazendo seus trajetos habituais devido ao desaparecimento dos animais observaram fugazmente a presença de Arana, nome dado internamente ao felino”, informa o Güirá Oga, em nota divulgada à imprensa de Puerto Iguazú.
“Em silêncio, foram se aproximando do local do avistamento e viram a fêmea se dirigindo para o setor do recinto dos pumas. […] Em coordenação com os demais cuidadores, ela foi reconduzida até o espaço, que estava preparado para recebê-la”, complementa o texto.
Segundo os biólogos, o estado físico da fêmea, que nunca viveu sozinha na mata, é considerado bom, com ligeira perda de peso. Foi observada, também, a existência de espinhos de ouriço ao redor da boca, indicando que tentou caçar durante a permanência no ambiente natural. As investigações sobre o incidente continuam.
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