O ano de 2023 está chegando ao fim, sem que as obras de acesso à Ponte da Integração Brasil–Paraguai (oficialmente pronta desde agosto de 2023) estejam concluídas em Foz do Iguaçu e nas cidades do lado paraguaio da fronteira.
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No Brasil, um acordo firmado, no início de dezembro, entre consórcio construtor, poder público e Justiça Federal, tem como objetivo destravar os trabalhos da rodovia Perimetral Leste, que estão em pouco mais de 25% (clique aqui para saber mais).
No Paraguai, balanço divulgado pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) indica que, dos seis lotes nos quais as obras foram distribuídas, o mais avançado (Lote Urbano) alcança 70% de execução.
Tal lote corresponde à construção das vias imediatas de acesso à ponte, no município de Presidente Franco, e à adequação de cerca de quatro quilômetros de avenidas que levam à nova passarela fronteiriça.
Já o anel viário que irá desviar o tráfego de cargas pesadas do perímetro urbano dos municípios de Presidente Franco, Ciudad del Este, Minga Guazú e Hernandarias, com mais de 30 quilômetros, apresenta entre 20% (Lote 1) e 40% (Lote 2) de cumprimento do cronograma.
O MOPC informa, ainda, que o pacote de obras que inclui os edifícios do Centro de Fronteira e do Terminal de Cargas da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP), em Presidente Franco, está com 50% de progresso.
O lote em estágio mais embrionário é o da nova ponte sobre o Rio Monday, próximo à foz do afluente no Rio Paraná. O trabalho segue na etapa de finalização do projeto, devendo ser concluído apenas no segundo semestre de 2025.
O investimento na cabeceira paraguaia, somando todos os lotes, supera os US$ 212 milhões (R$ 1 bilhão). O dinheiro foi obtido pelo governo do Paraguai com fontes internacionais, a título de empréstimo.
Ainda não há data prevista para a liberação da Ponte da Integração Brasil–Paraguai ao tráfego de veículos, com órgãos brasileiros defendendo que a abertura seja gradual e contemple, na primeira fase, somente caminhões vazios (em lastre).
Criaram grandes expectativas em torno da ponte e das obras de acesso.
Só que o cronograma como sempre nunca é seguido. O atraso é uma característica forte. Certamente o término vai coincidir com uma eleição, sabemos como fazem para enganar desavisados, trouxas e incautos. Tudo por votos. Esse é o Brasil onde gestores não tem nenhum compromisso com o povo