Por mais estranho que pareça, a autonomia de Taiwan em relação à China continental foi tema de forte debate durante as eleições presidenciais de abril no Paraguai. Vitorioso no pleito, o colorado Santiago Peña afirmou, em contato com a presidente da ilha asiática, Tsai Ing-Wen, que pretende fortalecer os laços diplomáticos entre os dois governos.
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Ing-Wen foi uma das estadistas a felicitar Peña pela vitória, por meio de mensagem na internet e telefonema. Efraín Alegre, principal candidato da oposição, tinha levantado a possibilidade de que o Paraguai rompesse com Taiwan e estabelecesse relações com a China continental. Peña, contudo, pretende não alterar o status atual.
“Obrigado, presidenta, pelo telefonema de felicitação. Continuaremos fortalecendo os laços históricos entre Paraguai e Taiwan. Esperamos trabalhar juntos nos projetos de cooperação de benefício mútuo para os nossos países nos próximos anos”, escreveu Peña, na rede social Twitter, em resposta às felicitações de Ing-Wen.
Taiwan é, atualmente, o segundo maior comprador de carne bovina paraguaia, além de outros produtos. Entre janeiro e maio, o Paraguai vendeu à ilha 128 mil toneladas de carne, no valor de US$ 620 milhões (R$ 3,1 bilhões). Em relação ao ano passado, as exportações cresceram 12,8% em toneladas e 5% em valor bruto.
Taiwan conta com o reconhecimento de Belize, Guatemala, Haiti, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, e São Vicente e Granadinas, na América Central e Caribe; Paraguai, na América do Sul; Vaticano, na Europa; Essuatíni (antiga Suazilândia), na África; Ilhas Marshall, Nauru, Palau e Tuvalu, na Oceania. Os demais países reconhecem o governo de Pequim como o único representante da China no cenário internacional.
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