Desde 2014, a segunda sexta-feira do mês de agosto, no Paraguai, é dedicada ao Dia Nacional da Chipa, alimento característico do país. Também chamada de “pão paraguaio”, a chipa está profundamente enraizada nos costumes do povo vizinho, sendo compartilhada em celebrações religiosas e familiares ao longo do ano.
Elaborada com ingredientes como amido de milho, queijo, leite e ovos, a chipa pode ser encontrada em diversos pontos de Foz do Iguaçu, trazida diretamente do país vizinho, onde é produzida em grande escala nas chiperías; feitas artesanalmente, por famílias de origem paraguaia; ou em padarias e supermercados no centro e nos bairros.
O formato mais comum é o de argola, mas inúmeras variações estão disponíveis (incluindo versões recheadas). A origem da chipa é incerta, porém registros do século 17, feitos durante as missões jesuíticas, já mencionam a existência da iguaria, que é uma mescla de tradições guaranis (o uso do milho, por exemplo) e espanholas (queijo e leite).
Além do Paraguai, a chipa é consumida, diariamente, em locais como as províncias argentinas de Misiones e Corrientes, onde é forte a influência cultural guarani. Em regiões da Bolívia, a receita ganhou outros nomes e ingredientes. No Brasil, a maior semelhança é com o pão de queijo, embora as diferenças no preparo e sabor sejam nítidas.
Apesar da difusão, alguns preconceitos ainda existem, como a lenda urbana da “chipa enrolada nas pernas”, em referência a formas ancestrais de produção. Se você está entre os moradores da fronteira que nunca experimentaram a chipa, que tal aproveitar o dia de hoje? Dica: compre logo um pacote com quatro, para dividir com os colegas.
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