Mesmo depois de dizer que não renunciaria, ante o pedido feito pelo Senado do Paraguai para que abrisse mão do cargo, o ministro de Saúde Pública, Julio Mazzoleni, pediu pra sair.
Nesta sexta-feira, 5, ainda pela manhã, Mazzoleni apresentou sua renúncia ao presidente Mario Abdo Benítez. Ele justificou a decisão dizendo que é para “pacificar o país e enfrentar a luta contra a pandemia”, como noticiou o jornal La Nación.
“Nós entendemos que eu deixe o cargo do Ministério de Saúde Pública para que se possa gerar essa paz que necessitamos para enfrentar este desafio”, disse o agora ex-ministro à TV Pública.
Segundo a agência IP, o ministro disse ainda: “É um momento onde é absolutamente necessário que os paraguaios estejamos unido para combater a pandemia. Acima de qualquer pessoa está o interesse nacional, e oxalá esta decisão sirva para a união do país”.
A Presidência da República confirmou que Mario Abdo Benítez aceitou a renúncia e nomeará o sucessor de Mazzoleni nas próximas horas.
O vice-ministro Julio Borba ficará no cargo, interinamente, mas os senadores também haviam pedido que ele renunciasse.
O setor de saúde do Paraguai enfrenta uma grave crise provocada pela falta de remédios e insumos nos hospitais, para atender principalmente os pacientes com covid-19. Outro motivo é que o Paraguai ainda não conseguiu adquirir vacinas, e imunizou até agora apenas 2 mil profissionais de saúde com a vacina russa Sputnik V.
Apesar de várias informações sobre a chegada de mais vacinas, não há ainda uma data específica pra que isso aconteça.
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