Não é só aqui: filas em outros pontos da fronteira irritam brasileiros e argentinos

Demora na aduana argentina também acontece em locais como a ligação entre Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen.

Demora na aduana argentina também acontece em locais como a ligação entre Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen.

Não é só no limite entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú que a demora excessiva da fiscalização na aduana argentina prejudica a integração entre as cidades. Em reportagem publicada nesta terça-feira (13), o jornal El Territorio relata situação similar na ligação entre Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen.

Lá como cá, conforme o texto, o principal entrave é a demora para entrar em território argentino, o que gera espera superior a 40 minutos e faz com que muitas pessoas acabem desistindo de adentrar de carro e optem pela travessia a pé, limitando suas compras ao comércio localizado nas quadras próximas.

Presidente da Câmara de Comércio de Bernardo de Irigoyen, o empresário Walter Feldman relatou que a fila acontece todos os dias, mas que fica pior no fim de semana, quando turistas de outras partes de Santa Catarina e do Paraná chegam à região com a intenção de aproveitar os preços mais em conta nas lojas e mercados da Argentina.

“A aduana fica pequena para o fluxo de pessoas todos os dias, mais ainda aos fins de semana e feriados brasileiros”, afirmou Feldman ao El Territorio. “Precisamos que o governo argentino abra mais guichês para a fiscalização, pois hoje só temos dois para a entrada e um para a saída.”

“Teríamos mais fluxo comercial se a aduana tivesse uma estrutura adequada para a quantidade de pessoas. Hoje, muita gente cansa de esperar e vai embora ou atravessa a pé, o que beneficia só o comércio perto da fronteira, pois a pessoa vai andando e também leva menos mercadoria do que se estivesse de carro”, avaliou.

“Com mais guichês para ordenar o trânsito, poderíamos potencializar ainda mais o comércio local, o desenvolvimento e o progresso de toda nossa região, já que poderíamos contratar mais empregados e ampliar nossas empresas, além de aumentar o pagamento de impostos para o município, a província e o país”, pontuou Feldman.

Os pedidos dos empresários de Bernardo de Irigoyen são similares aos de Puerto Iguazú: habilitação de mais guichês para diminuir as filas ou flexibilização da fiscalização fronteiriça, deixando de exigir parada obrigatória na aduana para quem vai a menos de 30 quilômetros e não pretende permanecer mais de 24 horas na Argentina.

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