Não custa tentar: Paraguai pede que Argentina reabra fronteira

Missão impossível. Talvez isso ocorra depois que a fronteira com Foz seja reaberta.

Há grande possibilidade de que a fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu seja reaberta em alguns meses, ainda que no início de forma experimental.

O próprio presidente da Argentina, Alberto Fernández, em contato com representantes de Puerto Iguazú, quando veio lançar um programa turístico no Parque Nacional Iguazú, pediu para que se tranquilizassem, porque o assunto passaria a ser tratado como importante.

Foi o que contou durante o programa Marco Zero deste sábado, na Rádio Clube, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Puerto Iguazú (Codespi), Pablo Bauza.

Pablo Bauza: pela primeira vez governo cogita em reabrir fronteiras.

Ele até contou que os comerciantes da província de Misiones são contra reabrir fronteiras, mas pensando no Paraguai, onde os argentinos vão fazer compras e esvaziam as lojas de Posadas, principalmente.

Mas em Puerto Iguazú a grande maioria é a favor. Inclusive os comerciantes.

Mais importante que para Foz do Iguaçu, a reabertura da fronteira entre Posadas e Encarnación é fundamental para os paraguaios, que hoje estão à míngua, sem os compradores argentinos.

A reivindicação deles vai demorar pra ser escutada. Mas a tentativa é oficial.

NEGOCIAÇÃO

O ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Euclides Acevedo, se reuniu na sexta à tarde com o embaixador argentino Felipe Solá, em Buenos Aires, e o principal assunto foi justamente a reabertura das fronteiras entre os dois países.

Acevedo solicitou a “abertura gradual” das fronteiras comuns e o aumento das frequências semanais dos voos que ligam Assunção à capital argentina, como noticia a agência IP.

Os chanceleres decidiram manter um canal de diálogo fluido, com participação ativa das autoridades da província argentina e do departamento paraguaio, para “normalizar gradualmente as atividades fronteiriças”.

Vai ser difícil convencer o governador de Misiones, já que sua província é a que teve o maior aumento de arrecadação durante a pandemia, por manter fechados os compradores que inundavam o comércio paraguaio.

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