Nos primeiros nove meses de 2022, as operações de reexportação, representadas, principalmente, pela venda de produtos importados nas cidades de fronteira, cresceram 18,9% na comparação com o ano anterior, chegando a US$ 2,3 bilhões (R$ 12,3 bilhões) no Paraguai. É o que aponta um relatório publicado pelo Banco Central do país.
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Conforme os dados, repercutidos pelo jornal La Nación, a revenda de itens como celulares, computadores, equipamentos de informática, relógios inteligentes, perfumes, confecções e acessórios diversos, praticada no comércio de Ciudad del Este e outros centros fronteiriços, correspondeu a 22% das exportações formais paraguaias no período.
O bom desempenho do comércio, puxado por fatores como a estabilização da cotação do real brasileiro em relação ao dólar, tem ajudado a reverter a queda de outros setores da economia paraguaia, como a agricultura, que tem registrado um menor volume de exportação de itens como a soja, carro-chefe do agronegócio.
Mesmo assim, a estimativa de Miguel Mora, economista-chefe do Banco Central do Paraguai, é que a economia local feche 2022 com saldo negativo na balança comercial, composta pela diferença entre tudo aquilo que o país importa e exporta ao longo do ano.
Já para o comércio da fronteira a projeção é de alta nas vendas para os meses de novembro e dezembro, puxada por ações pontuais como a Black Friday 2022, marcada para ocorrer entre os dias 11 e 15 de novembro, em Ciudad del Este, e pela demanda de presentes e artigos de fim de ano no mercado brasileiro.
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