Mapeamento indica que óbitos e infecções estão todos ligados a um hospital de Tucumán, na região dos Andes.
Nos últimos dias, circularam na internet relatos de uma “pneumonia misteriosa, de origem desconhecida”, que estaria infectando trabalhadores de um hospital na cidade argentina de San Miguel de Tucumán, Região Noroeste do país. O temor, manifestado nos textos e vídeos, era de surgimento de uma nova epidemia como a da covid-19.
Em entrevista coletiva no último sábado (3), a ministra argentina da Saúde, Carla Vizzotti, assegurou que a situação registrada em Tucumán, com 12 casos e cinco óbitos, foi provocada por uma bactéria do gênero Legionella, que se proliferou pelo ambiente do Sanatório Luz Médica, onde trabalham ou estavam internados os pacientes.
“O surto de pneumonia bilateral, que atinge os dois pulmões dos pacientes, foi provocado pela Legionella. Ainda estamos verificando o tipo específico da bactéria, mas acreditamos que seja da Legionella pneumophila”, afirmou a ministra, complementando que não há registro de transmissão de pessoa para pessoa.
A primeira infecção ocorreu no dia 18 de agosto, com o paciente relatando sintomas como falta de ar, febre, diarreia e dores musculares e abdominais. Exames feitos pelo Instituto Malbrán, laboratório referência em saúde pública na Argentina, identificaram a origem como bacteriana e descartaram a presença de agentes como vírus respiratórios.
A Legionella é encontrada em ambientes como lagos e riachos, podendo espalhar-se por edifícios através do encanamento ou dos dutos de ventilação. A enfermidade resultante é conhecida como “Doença do Legionário”, considerada grave, porém de dispersão restrita na comparação com vírus que passam de humano para humano.
Os casos em Tucumán foram acompanhados por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orientaram as autoridades locais sobre as medidas recomendadas.
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