Será uma “prova piloto turística” que permitirá o acesso de brasileiros a Puerto Iguazú. Mas não há detalhes.
Na antevéspera da reabertura da fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, o governo argentino ainda não publicou decreto que estabeleça normas e protocolos.
Mas a diretora nacional de Migrações do país, Florencia Carignano, ratificou na sexta-feira que, a partir da zero hora de segunda-feira, 27, começará a “prova piloto em Iguaçu – em relação à abertura da Ponte da Amizade -, (cidade) que é um dos centros turísticos mais importantes e que movimenta mais pessoas inclusive que Ezeiza (aeroporto de Buenos Aires)”.
A resposta de Florencia foi dada a uma pergunta feita num programa de rádio de Buenos Aires, segundo o portal El Territorio.
ANTECIPAÇÃO
A diretora de Migrações explicou que o projeto piloto na fronteira de Iguazú-Foz foi adiantado em quatro dias, “para ver como funciona”, em relação à abertura de todas as fronteiras argentinas, marcada para 1º de outubro.
A partir de outubro, poderão entrar na Argentina os moradores de países limítrofes, desde que apresentem esquema completo de vacinação, exame PCR e teste de antígeno. A partir de novembro, o país reabre para o turismo em geral.
Ela esclareceu que a província de Misiones solicitou apenas a abertura de Puerto Iguazú e do aeroporto internacional de Iguaçu. Como nada foi falado a respeito da fronteira com o Paraguai, isso ainda será discutido.
O governador Oscar Herrera Ahuad, lembra El Territorio, havia dito, a respeito das outras fronteiras da província, que Misiones será “extremamente respeitosa” em relação ao que for decidido pelo governo nacional.
EXPECTATIVA E PREPAROS
O portal Misiones Cuatro, por sua vez, noticia a expectativa dos comerciantes de Puerto Iguazú. Eles garantem que estão preparados, com protocolos e níveis de imunização contra o coronavírus, para receber turistas do Brasil e de outros países pela Ponte Tancredo Neves.
O presidente da Câmara de Comércio de Puerto Iguazú, Joaquín Barreto, admitiu que a reabertura de fronteiras irá prejudicar algumas cidades de Misiones, por isso considerou que a solução definitiva continua sendo dotar a província de instrumentos para atenuar as assimetrias comerciais, como a criação da Zona Aduaneira Especial.
“À diferença de Posadas, Iguazú não tem indústrias. E há muito poucos empregados públicos que recebam salários provenientes do Estado. A maioria somos privados, dedicados ao turismo e ao comércio. E este fechamento de fronteiras, em março de 2020, nos prejudicou muito”, disse Barreto.
Ao longo desse tempo, “muitos comércios e empreendimentos turísticos ficaram pelo caminho. Depois de um ano e quase sete meses (do fechamento das fronteiras), os que continuamos (em atividade) precisamos da abertura deste corredor turístico”, defendeu.
Há uma altíssima dependência do Brasil, em Puerto Iguazú, por isso a cidade passou por várias etapas de preparação para a reabertura de fronteiras.
Segundo ele, a “megadesvalorização informal do preso” deverá provocar “um aluvião de compradores do Brasil”.
Comentários estão fechados.