Teve início de forma oficial, nessa quinta-feira (8), o processo de transição entre os governos de Mario Abdo Benítez e do presidente eleito Santiago Peña, ambos do Partido Colorado. A cerimônia de posse está marcada para 15 de agosto. Até lá, serão quase 70 dias de integração entre as equipes.
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Os dias prévios ao encontro entre Benítez e Peña foram marcados por tensão, com pedidos como a suspensão de licitações e concursos abertos pela atual gestão. Representantes do futuro governo reclamaram, também, da dificuldade para a obtenção de informações e dados oficiais.
“Quero destacar que, entre nós, o espírito é de cordialidade”, afirmou Peña, em entrevista coletiva. “As diferenças políticas, que são normais na democracia, ficaram para trás. Quero agradecer ao presidente e dizer que darei tudo para que a transição aconteça de forma tranquila, com a responsabilidade de dar tranquilidade a todos os paraguaios.”
Mario Abdo Benítez, por sua vez, disse que “a presença do presidente eleito robustece o espírito democrático e demonstra um compromisso superior às conjunturas políticas momentâneas. Queremos aprofundar nossa democracia e nossa capacidade de reencontro para a construção de um destino comum, em benefício do povo”.
Mercosul
Santiago Peña, que já manteve conversações com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Alberto Fernández (Argentina), foi convidado por Benítez para integrar a delegação paraguaia que estará na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, agendada para os dias 3 e 4 de julho, na cidade argentina de Puerto Iguazú.
De momento, dois nomes da futura equipe ministerial foram revelados: Enrique Riera, ex-prefeito de Assunção, como ministro do Interior; e Rubén Ramírez Lezcano, como ministro das Relações Exteriores. Diplomata de carreira, Lezcano já ocupou o cargo em questão, entre os anos de 2006 e 2008, no governo de Nicanor Duarte Frutos.
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