Com sede em Foz do Iguaçu, o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) divulgou, nessa terça-feira (10), um mapa que mostra o panorama de free shops, as lojas francas, autorizadas pela Receita Federal do Brasil (RFB) para funcionamento em cidades gêmeas de fronteira.
Desde a normatização em 2018, 15 estabelecimentos já abriram as portas (ver mapa abaixo) e outros seis contam com autorização. Todos estão localizados nos estados do Sul do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul, cujas lideranças na fronteira seca com o Uruguai impulsionaram a criação do novo regime.
A listagem elaborada pelo IDESF informa que Foz do Iguaçu conta com duas lojas francas abertas: Cellshop, no Shopping Catuaí Palladium, e Liberty Duty Free, no Cataratas JL Shopping. A Sky Duty Free, na Rua Marechal Deodoro, fechou as portas após a morte de um de seus sócios. A Duty Free Americas, na Avenida Brasil, ainda está em processo de habilitação.
A cidade com maior quantidade de estabelecimentos é a gaúcha Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Por lá, sete free shops já estão abertas e uma oitava deve entrar em operação. Na sequência aparecem Jaguarão, com duas lojas; Barra do Quaraí, com uma aberta e três em processo de autorização; Porto Mauá, Porto Xavier e São Borja, com uma free shop cada.
Além das localidades já citadas, outras cidades que podem receber esse tipo de loja são: Barracão (PR), Guaíra (PR), Santo Antônio do Sudoeste (PR), Dionísio Cerqueira (SC), Ponta Porã (MS), Mundo Novo (MS), Guajará Mirim (RO), Bonfim (RR), Itaqui (RS), Quaraí (RS) e Santana do Livramento (RS), que já atraem o interesse de investidores.
Livres de impostos federais, as free shops possuem cota de US$ 300, que pode ser somada aos US$ 500 para compras fora do país. Dessa maneira, o viajante que vier a Foz do Iguaçu (ou o próprio morador da fronteira) poderá comprar até US$ 800 em mercadorias, uma vez a cada 30 dias.
As lojas francas já abertas em Foz do Iguaçu oferecem produtos como cosméticos, perfumes, eletrônicos, roupas e bebidas importadas. Os investimentos somam mais de R$ 40 milhões, com geração de 200 empregos diretos. A expectativa para os próximos anos é de criação de novos empreendimentos e consolidação do turismo de compras também no lado brasileiro da fronteira.
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