Lado paraguaio da fronteira pode ganhar fábrica de autopeças

Iniciativa, focada na mobilidade elétrica, tem apoio do Instituto de Tecnologia Automotriz da Coreia do Sul (Katech).

Iniciativa, focada na mobilidade elétrica, tem apoio do Instituto de Tecnologia Automotriz da Coreia do Sul (Katech).

O Parque Tecnológico Itaipu Paraguai (PTI-PY) pode ganhar, no segundo semestre, uma fábrica para a produção de peças para veículos elétricos, desenvolvida em parceria com o Instituto de Tecnologia Automotriz da Coreia do Sul (Katech). Até o final do mês, uma delegação sul-coreana deve vir à fronteira para discutir os detalhes.

De acordo com o jornal La Clave, a intenção é instalar o “Centro Tecnológico de Autopartes”, como vem sendo chamado o projeto, no município de Hernandarias, em imóvel disponibilizado pelo PTI-PY. O Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai também dá suporte à iniciativa.

“Trabalhamos com a indústria automotriz, com foco em otimizar a cooperação do governo da Coreia do Sul, que prevê a presença de especialistas sul-coreanos no Paraguai e a capacitação, em Seul, de 22 técnicos paraguaios”, disse o ministro Luis Castiglioni, que esteve no país asiático, em outubro do ano passado, para discutir parcerias.

O montante a ser investido, bem como o potencial de geração de empregos na região de fronteira, ainda não foi divulgado. A intenção, segundo Castiglioni, é plantar sementes para o desenvolvimento de um ecossistema que permita, no futuro, a produção integral de carros elétricos no Paraguai.

“Eles [sul-coreanos] já estão pensando em associar-se conosco para vender carros elétricos a toda a região, que forma um mercado ampliado de mais de 300 milhões de habitantes. É nisso que estamos trabalhando”, afirmou o ministro, que defende que o Paraguai pode ter papel crucial no desenvolvimento do modal elétrico na América do Sul.

Na terça-feira (12), entretanto, o presidente Mario Abdo Benítez vetou o projeto de lei que criava um plano nacional de mobilidade e previa, entre outros pontos, a concessão de incentivos para que cidadãos e empresas comprassem veículos elétricos. O argumento para o veto foi a falta de previsão orçamentária.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.