Lado argentino recebe recursos da ONU para preservação da natureza

Província de Misiones terá US$ 3,5 milhões para ações voltadas à conservação da mata nativa e recuperação de ecossistemas.

A província argentina de Misiones vai receber, ao longo dos próximos seis anos, recursos de US$ 3,5 milhões (R$ 16,6 milhões) para ações de preservação da natureza. O dinheiro é oriundo do Fundo Verde para o Clima, iniciativa global apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa.

O convênio para o recebimento da verba foi firmado na segunda-feira (4), em Buenos Aires, com a participação de representantes do governo federal argentino e das províncias de Buenos Aires, Chaco, Chubut, Entre Ríos, La Rioja, Misiones, Río Negro, Santa Cruz e Santa Fe. O total disponível para o país é de US$ 82 milhões.

Misiones foi contemplada por abrigar as maiores áreas de preservação da floresta subtropical na Argentina, como o Parque Nacional Iguazú, parques provinciais e reservas particulares. Por outro lado, a província sofre com problemas como desmatamento para a expansão de áreas agrícolas e incêndios agravados pela falta de chuvas.

A aplicação dos recursos do Fundo Verde para o Clima será monitorada pelo Conselho Federal de Meio Ambiente, com base em projetos enviados pelos governos regionais durante a composição da Estratégia Nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+).

As ações incluem apoio à adoção de práticas de manejo florestal sustentável, gerenciamento de bacias hidrográficas, manejo de áreas compartilhadas de florestas e pastos, execução de planos de prevenção de incêndios florestais e implantação de planos de desenvolvimento sustentável comunitário.

No ano passado, a Argentina apresentou como meta, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), limitar, a partir de 2030, suas emissões de gases de efeito estufa a um nível 26% inferior ao que havia assumido no Acordo de Paris, em 2016. A neutralidade, por sua vez, está prevista para ser alcançada em 2050.

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