Movimento ficou apenas 4% abaixo dos números de 2019, última Semana Santa antes da pandemia.
As previsões acertaram na mosca, e a cidade de Puerto Iguazú teve seu maior movimento turístico desde o início da pandemia. A Semana Santa representa, historicamente, o período de maior procura no turismo local. Os números de 2022 ficaram apenas 4% abaixo dos registros de 2019, última Páscoa antes da emergência sanitária.
De acordo com a concessionária que administra as visitas turísticas do lado argentino das Cataratas, foram 27.270 visitantes no Parque Nacional Iguazú entre quinta-feira (14) e domingo (17). Os dias com maior circulação de turistas foram a sexta-feira (15), com 11.263 ingressos vendidos, e o sábado (16), com 8.621.
A ocupação na hotelaria local foi de 95%, com os principais hotéis operando com 100% das camas ocupadas. A média por estabelecimento foi de três diárias por cliente, gerando 63 mil pernoites. O gasto de cada viajante foi de P$ 3,7 mil (R$ 152) por dia, injetando P$ 234 milhões (R$ 9,5 milhões) na economia local.
“Tivemos um excelente fim de semana prolongado, com grande movimento turístico. Os turistas usaram todos os meios de transporte. No caso do transporte aéreo, houve reforços”, relatou Leopoldo Lucas, presidente do Iturem, órgão municipal de turismo de Puerto Iguazú, em entrevista ao jornal El Territorio.
Somente a Aerolíneas Argentinas, principal companhia aérea do país, movimentou 14 mil passageiros no aeroporto de Puerto Iguazú, entre embarques e desembarques. Brasileiros que estavam em Foz do Iguaçu também cruzaram a fronteira, nesse que foi o primeiro feriado prolongado sem exigências como exames ou certificado de vacinação.
Nicolás Benítez, analista do Iturem, apontou que o movimento de 2022 ficou apenas 4% abaixo da Semana Santa de 2019, a última sem o coronavírus. “É um dado muito significativo, já que, paulatinamente, estamos nos aproximando a superar o que era a atividade no pré-pandemia”, afirmou Benítez, em declarações à Radio Yguazú.
Problemas
Apesar da euforia pelos bons resultados, velhos problemas deram as caras, como a lentidão na travessia da Ponte Tancredo Neves, falta de vagas para estacionar próximo à entrada do Parque Nacional Iguazú, filas para o acesso ao mirante da Garganta do Diabo e dificuldades para a reserva de mesas nos restaurantes, que ficaram lotados.
Na quinta-feira (14), um protesto de professores, que reivindicavam melhorias nos salários e nas condições de trabalho, bloqueou de forma intermitente o acesso às Cataratas e ao aeroporto de Puerto Iguazú. Quem comprou o ingresso antecipadamente, mas não conseguiu entrar no parque, teve a validade do tíquete prorrogada para os demais dias.
No interior da unidade de conservação, houve um incidente no qual um guarda-florestal disse ter sido agredido por um turista. Em nota, a associação que representa os profissionais solicitou à direção do atrativo que “verifique a situação de violência e realize a denúncia por atentado e resistência”. Outros detalhes não foram divulgados.
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