Antiga área de lazer no Parque Nacional Iguazú, lado argentino das Cataratas do Iguaçu, o camping El Ñandú, atualmente fechado ao público, passará por processo de renovação da estrutura e concessão a uma empresa privada, para a instalação de serviços como um restaurante e locais de descanso.
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A informação, que vem sendo repercutida pela imprensa de Puerto Iguazú nos últimos dez dias, foi confirmada pela Administração de Parques Nacionais (APN), que afirma que a proposta apresentada pela empresa Nueva Compañía de Sabores S.A., para utilização do espaço, está aprovada pelos órgãos técnicos desde o mês de abril.
Os questionamentos de moradores e entidades locais surgiram após a divulgação, na internet, de imagens do suposto projeto, mostrando edifícios com grande impacto no ambiente do entorno e que descaracterizariam a área original, que era um ponto de lazer da população e dos visitantes até meados dos anos 2000.
Em nota publicada pelo jornal El Territorio, a direção do Parque Nacional Iguazú argumenta que “em nenhum momento foi autorizada a implementação de construções que superem a escala admitida pelos parâmetros ambientais do lugar. Por essa razão, serão usados apenas os espaços ocupados pelos antigos edifícios para a instalação da nova infraestrutura, destinada a atender as necessidades básicas de uma cota máxima diária de 200 visitantes.”
A estrutura em questão, conforme a direção do parque, consiste em “acondicionar o prédio recuperado com um espaço destinado a refeitório coletivo, equipado com mesas, bancos e churrasqueiras; banheiros, balneário com serviço de guarda-vidas e estacionamento”.
O nome do local, a princípio, será Puerto Canoas, em alusão ao ponto de saída das canoas que, anteriormente à construção das passarelas, levavam os visitantes até a beira do paredão da Garganta do Diabo. A atividade também acontecia no lado brasileiro, no espaço que até hoje é conhecido como Porto Canoas.
O período de concessão à empresa seria de três anos, renováveis por igual ou superior período, a depender da avaliação do serviço e da viabilidade econômica e ambiental do negócio.
Em declarações à Radio Yguazú Misiones, o empresário e dirigente político Joaquín Barreto, do bloco de oposição Juntos por el Cambio, anunciou que o senador Humberto Schiavoni, da província de Misiones, apresentou pedido oficial de informe junto ao governo argentino, para averiguar pontos como a legalidade do empreendimento.
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