Na próxima quarta-feira (27), o Parque Nacional Iguazú, que abriga o lado argentino das Cataratas do Iguaçu, estará fechado para visitas. O motivo é a adesão dos guardas-florestais locais a uma manifestação nacional convocada pela categoria, em apoio a quatro servidores que estão sendo acusados de homicídio culposo (sem intenção de matar).
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No processo em questão, guardas-florestais que trabalhavam no Parque Nacional Lanín, Sul da Argentina, em 2016, são apontados pelo Ministério Público como culpados pela morte de duas crianças, atingidas por uma árvore que caiu após um temporal. No entender dos promotores, os guardas poderiam ter evitado a tragédia.
Além do protesto de quarta-feira, outros atos estão previstos para ocorrer entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, datas em que os servidores serão levados a julgamento, em primeira instância, na província de Neuquén.
O anúncio do fechamento do parque, justamente no Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), causou contrariedade no lado argentino da fronteira, com entidades como a Associação de Atrativos Turísticos de Puerto Iguazú (Acati) emitindo nota contrária à manifestação.
“É importante enfatizar que as Cataratas do Iguaçu estão abertas durante todo o ano e isso permite um planejamento responsável. A incerteza sobre se o parque pode abrir ou fechar a qualquer momento, por razões alheias, pode desestimular turistas potenciais de visitar nossas Cataratas, trazendo consequências para a economia”, alerta a entidade.
O mesmo tom foi adotado pela Associação Gastronômica e Hoteleira de Puerto Iguazú (Ahgai), que reúne os proprietários de hotéis, restaurantes e bares do lado argentino da fronteira.
“Valorizamos e apoiamos o trabalho constante dos guardas-florestais na proteção desse patrimônio natural, mas acreditamos que o fechamento do parque não é a solução adequada para expressar sua preocupação”, diz o texto.
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