O Parque Nacional Iguazú, que abriga o lado argentino das Cataratas do Iguaçu, está fechado para visitas turísticas, nesta quarta-feira (27), em razão de um protesto organizado pelos guardas-florestais que atuam na unidade, em adesão a uma mobilização nacional promovida pela categoria.
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O ato tem como objetivo denunciar o que os trabalhadores consideram como perseguição judicial a quatro servidores da Administração de Parques Nacionais (APN), que serão julgados em um tribunal da província de Neuquén, sob acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar).
O caso em questão é o da morte de duas crianças no Parque Nacional Lanín (fronteira entre Argentina e Chile), no ano de 2016, atingidas por uma árvore que caiu após um temporal na região. No entender do Ministério Público argentino, os servidores acusados poderiam ter agido para evitar a tragédia, argumento rebatido pelos acusados.
Em declarações à Radio Yguazú Misiones, de Puerto Iguazú, o administrador do Parque Nacional Iguazú, Claudio Sacramento, confirmou que as visitas turísticas estão suspensas e serão retomadas apenas na quinta-feira (28). Segundo Sacramento, outros parques do país terão manifestações similares promovidas pela categoria.
“Entendemos que pode haver contrariedade em alguns setores, mas me parece que esse fechamento foi comunicado com antecedência, em uma mesa de trabalho com todos os que atuam no parque. Todos foram avisados com tempo e tiveram a possibilidade de reorganizar o trabalho de visita dos passageiros e excursões”, afirmou.
Além do protesto desta quarta, estão previstas outras manifestações para o período entre 30 de outubro e 2 de novembro, datas agendadas para o julgamento dos servidores. Entidades que representam o turismo e a hotelaria de Puerto Iguazú são contrárias à interrupção das visitas.
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