Tornada pública na última quinta-feira (26), mas ainda não formalizada em Diário Oficial, a indicação do deputado federal paranaense Enio Verri como futuro diretor-geral brasileiro de Itaipu foi bem recebida no Paraguai, país que divide com o Brasil a propriedade da hidrelétrica situada no Rio Paraná.
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Em declarações ao jornal La Nación, o professor e especialista na área de energia Victorio Oxilia destacou o currículo de Verri, que é formado em Economia, com mestrado e doutorado na área, além de trajetória como professor universitário e experiência na gestão pública, como secretário municipal em Maringá e deputado estadual e federal.
“Boa notícia, o deputado federal Enio Verri será o diretor-geral do lado brasileiro, nomeado por Lula. Ele é um petista histórico, muito comprometido com as causas sociais e com a política atual de desenvolvimento, com incentivo federal. Ele manifesta um compromisso com a transparência em Itaipu”, afirmou Oxilia.
Nas esferas oficiais, a indicação de Verri não foi oficialmente comentada, como é de praxe nos dois países, como forma de não interferir em assuntos internos. A imprensa paraguaia resgatou, no entanto, trechos de publicações feitas na internet pelo futuro diretor, destacando a necessidade de manter o equilíbrio na gestão da hidrelétrica.
O jornal ABC Color, por exemplo, publicou declaração extraída do site de Verri, afirmando que sua intenção é “promover e financiar ações que conduzam a gerar avanços econômicos, tecnológicos e sociais no estado do Paraná e em todo o Brasil”, além de “contribuir com a modernização e a democratização do setor energético brasileiro”.
O ano de 2023 é considerado decisivo para a entidade binacional, pois está prevista a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, firmado em 1973. O anexo define as bases financeiras para o funcionamento da usina, com os termos de sua renegociação tendo impacto direto em aspectos como tarifa e investimentos.
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