A usina de Itaipu tem 20 turbinas, sendo dez pertencentes ao Brasil e dez ao Paraguai. A produção de energia é dividida meio a meio, mas parte da eletricidade, não consumida pelo Paraguai, é revendida ao mercado brasileiro. Números referentes ao primeiro trimestre revelam o quanto cada país consumiu da energia da binacional.
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De acordo com o balanço, divulgado pela diretoria paraguaia de Itaipu, entre 1.º de janeiro e 31 de março, a hidrelétrica do Rio Paraná produziu 20.622 gigawatts-hora (GWh), volume que, se armazenado, seria suficiente para abastecer o Paraguai inteiro durante um período de 13 meses.
Do total gerado, 15.034 GWh (72,9%) foram consumidos no Brasil e 5.588 GWh (27,1%) atenderam à demanda do Paraguai. Nas décadas de 1990 e 2000, o percentual chegou a ser de quase 90% para o Brasil, diminuindo com o passar do tempo, em razão do aumento do consumo energético do lado de lá da fronteira.
Outro dado destacado pela diretoria paraguaia é que Itaipu vem apresentando, nos últimos anos, alguns de seus melhores índices técnicos, com o aproveitamento máximo das águas que passam pelas turbinas e a redução dos períodos em que uma ou mais unidades precisam ficar paradas para manutenção.
No mês de março, por exemplo, a disponibilidade das 20 unidades geradoras foi de 96,86%, superando a meta empresarial de 94%. Dos 7.743 GWh produzidos no terceiro mês do ano, 5.899 GWh (76,2%) abasteceram o Brasil, e 1.844 GWh (23,8%), o Paraguai, que também conta com as usinas de Yacyretá (Paraguai–Argentina) e Acaray.
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