Investidores alemães querem construir fábrica de estévia na fronteira

Nativa do Paraguai, planta é apontada como alternativa a outros tipos de adoçantes usados pela indústria de alimentos.

Investidores alemães estão em fase final de estudos para a construção de uma fábrica de cristais de estévia (Stevia rebaudiana) na cidade paraguaia de Juan León Mallorquín, a 70 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu. As negociações estão sendo intermediadas pela Câmara Paraguaia da Estévia (Capaste).

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Em entrevista ao jornal La Clave, de Ciudad del Este, o presidente da Capaste, Juan Barboza, explicou que o grupo tem intenção de abrir três unidades processadoras de estévia orgânica em território paraguaio, com as outras duas localizadas nos departamentos (estados) de Caaguazú e Villarrica.

“O projeto está avançando, mas ocorreram demoras devido à troca de governo [em 15 de agosto]. A iniciativa está sendo retomada agora, com mais interesse e confiança por parte dos investidores estrangeiros”, afirmou Barboza, sem revelar o nome da empresa ou dos empresários envolvidos.

“Os investidores estão firmes com o propósito, chegaram a um acordo com o prefeito de Mallorquín, Mario Noguera, para que a prefeitura incentive a produção e o grupo investidor financie o plantio. Ou seja, eles querem instalar a fábrica e comprar totalmente a produção local de estévia”, detalhou o dirigente.

Nativa do Paraguai, a planta é vista como uma grande oportunidade para negócios no país. “É um setor para pequenos produtores, embora grandes empresas estejam pensando em investir. A estévia tem mercado nos países ricos. Inicialmente, estamos trabalhando para dar apoio aos trabalhadores do campo”, complementou.

O município de Juan León Mallorquín tem como vantagem a localização às margens da Rodovia PY02, além do fato de não estar com suas terras agrícolas totalmente utilizadas para cultivos como a soja e o milho. A população é estimada em cerca de 30 mil habitantes.

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