Já a vice-presidente declarou, à juíza federal María Eugenia Capuchetti, que não percebeu que Fernando Montiel estava com uma arma.
Portador de dupla nacionalidade (brasileira e argentina), o homem de 35 anos que apontou uma arma de fogo para a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite de quinta-feira (1.º), optou por ficar em silêncio em seu primeiro depoimento à juíza federal María Eugenia Capuchetti, responsável pela análise da causa.
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Acusado de tentativa de homicídio qualificado, Fernando André(s) Sabag Montiel permanece sob resguardo da Polícia Federal Argentina (PFA) em uma cela do edifício do Departamento de Investigações, no bairro de Palermo. A transferência para uma unidade prisional foi descartada por razões de segurança.
Também nessa sexta-feira (2), a juíza e o promotor Carlos Rívolo tomaram as primeiras declarações de Cristina Kirchner. O conteúdo não foi oficialmente divulgado, contudo relatos publicados na imprensa de Buenos Aires citam que a vice-presidente não teria percebido que o objeto que Montiel apontou em direção ao seu rosto era uma arma.
Jornais e canais de televisão da Argentina informam, também, que uma análise preliminar feita por psiquiatras forenses apontou que o preso está “mentalmente são, localizado no tempo e no espaço e consciente de seus atos”. Na casa de Montiel, policiais encontraram elementos como duas caixas contendo cerca de cem munições.
Manifestações
Em toda a Argentina, populares e representantes de setores políticos saíram às ruas para repudiar a violência e manifestar apoio à democracia. O ato principal aconteceu na Praça de Maio, no centro da capital Buenos Aires, que ficou tomada por simpatizantes do kirchnerismo e de outras tendências políticas.
Na província fronteiriça de Misiones, o jornal El Territorio compila que foram celebrados atos em municípios como Posadas, Jardín América, Eldorado, Puerto Libertad e El Soberbio. Em Puerto Iguazú, a manifestação na praça San Martín, área central da cidade, reuniu em torno de uma centena de participantes.
O atendimento no Parque Nacional Iguazú, que foi suspenso na sexta-feira em razão do feriado nacional decretado pelo presidente Alberto Fernández, voltou ao normal neste sábado (3). Turistas que não puderam visitar a unidade poderão fazê-lo na jornada de hoje ou pedir o reagendamento para outras datas, sem custos adicionais.
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